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Reprovação ao governo Temer cai de 77% para 74%, mostra Ibope

A aprovação ao governo ficou em 6%, ante 3% em setembro, enquanto aqueles que consideram o governo regular somaram 19%

Temer: a maneira de governar de Temer é desaprovada por 88% dos entrevistados (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: a maneira de governar de Temer é desaprovada por 88% dos entrevistados (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 10h18.

Última atualização em 20 de dezembro de 2017 às 12h30.

Brasília - A avaliação do governo Michel Temer sofreu uma oscilação positiva em dezembro na comparação com três meses atrás com um alívio no noticiário sobre corrupção, e há espaço para novas melhoras conforme a percepção da retomada da economia aumente entre a população, mas 74 por cento ainda consideram o governo ruim ou péssimo, mostrou pesquisa CNI/Ibope nesta quarta-feira.

Em setembro, a avaliação negativa do governo era de 77 por cento. Já a avaliação ótima ou boa ficou em 6 por cento em dezembro, ante 3 por cento no levantamento anterior, enquanto aqueles que consideram o governo regular somaram 19 por cento, contra 16 por cento.

"O que a gente percebe... é que a população, de maneira geral, ainda não percebe essa melhora na economia", disse a jornalistas Renato da Fonseca, gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI.

"À medida que a economia vai ganhando fôlego, e é uma recuperação gradual que nós estamos tendo... isso vai começar a afetar nesses indicadores de popularidade", acrescentou.

Segundo a CNI, embora ainda 19 por cento dos entrevistados tenham lembrado de pelo menos uma notícia sobre corrupção, a taxa é muito menor do que em setembro, quando estava em 44 por cento. De um modo geral, caiu de 68 para 56 por cento os que viam as notícias como mais desfavoráveis ao governo.

"Pelo lado da exposição na mídia, há uma melhora também em termos do governo, ou seja, esse menor percentual achando que as notícias são desfavoráveis", disse o gerente da CNI.

Por outro lado, individualmente falando, as notícias mais lembradas foram as relacionadas à reforma da Previdência, e Fonseca vê uma melhora para o governo nesse sentido.

"A própria reforma da Previdência, a gente ouve mais recentemente uma mudança no foco da campanha do governo, um foco mais direto, até no debate mais direto com toda aquela campanha contra que vem sendo feita pelas associações de funcionários públicos, o governo batendo mais de frente na questão de diferenças dos dois setores", disse Fonseca.

"Isso ajuda em termos da percepção. Obviamente que a gente não sabe se as pessoas são a favor ou contra a reforma da Previdência, a gente não perguntou isso, mas certamente é um ponto que também ajudou o governo."

Apesar da popularidade ainda muito baixa do presidente, o gerente da CNI admitiu a possibilidade de Temer servir como um bom cabo eleitoral ano que vem dependendo do ritmo da economia.

"Hoje o índice de popularidade está baixo, mas se a economia começar a ter uma retomada e uma retomada cada vez mais forte, a eleição vai ser somente no fim do ano que vem, pode ser um bom cabo eleitoral quando chegar no momento certo", disse.

A perspectiva para o restante do governo Temer seguiu a mesma linha que a avaliação atual. Para 69 por cento dos entrevistados, o tempo que resta será ruim ou péssimo, ante 72 por cento na sondagem anterior. Os que preveem um governo ótimo ou bom foram a 7 por cento, ante 6 por cento.

Na comparação com o governo Dilma Rousseff, também houve pouca variação. Os que consideram a administração Temer pior seguem em 59 por cento, enquanto os que veem o governo atual melhor passaram para 10 por cento, ante 8 por cento.

A pesquisa mostrou, ainda, que a maneira de governar de Temer é desaprovada por 88 por cento dos entrevistados, ante 89 por cento no levantamento passado, e que 90 por cento não confiam em Temer, contra 92 por cento em setembro. Aqueles que confiam no presidente passaram de 6 por cento para 9 por cento.

O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre o dias 7 e 10 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

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