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Represas no Sudeste têm que chegar a 43% ao fim de abril

Segundo ONS, reservatórios têm que chegar a 43% de armazenamento para garantir o fornecimento de energia adequado ao país


	Solo ressecado é visto na represa de Jaguary: chuvas de fevereiro devem superar o atual patamar estimado para o mês de cerca de 35% da média histórica
 (Nacho Doce/Reuters)

Solo ressecado é visto na represa de Jaguary: chuvas de fevereiro devem superar o atual patamar estimado para o mês de cerca de 35% da média histórica (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 18h13.

Brasília - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que os reservatórios das hidrelétricas no Sudeste/Centro-Oeste têm que chegar a 43 por cento de armazenamento no fim de abril para garantir o fornecimento de energia adequado ao país ao longo do período seco.

"Acreditamos que esse é um nível adequado para não precisar de grandes afluências (de água para os reservatórios) no período seco", disse o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, nesta terça-feira, a jornalistas.

Atualmente, o nível de armazenamento das represas no Sudeste/Centro-Oeste está em 35,36 por cento, segundo dados do ONS fechados na segunda-feira.

Segundo Chipp, se esse nível de 43 por cento for alcançado a expectativa é de que em novembro, ou seja, no início do novo período chuvoso, os reservatórios estejam entre 30 e 40 por cento de armazenamento, o que ele afirmou ser um nível de estoque razoável para iniciar a nova estação garantindo também o abastecimento em 2015.

"Não precisamos de afluências acima da média para chegar a um nível entre 30 a 40 por cento em novembro", disse ele.

Chipp disse que os cálculos do ONS apontam que o nível de 43 por cento pode ser alcançado no fim de abril já considerando janeiro e fevereiro ruins do ponto de vista das chuvas -- com chuvas em março e abril a 76 por cento da média histórica para os dois meses.

As chuvas de fevereiro devem superar o atual patamar estimado para o mês de cerca de 35 por cento da média histórica, segundo Chipp.

O diretor do ONS disse ainda que as chuvas que vem caindo no país desde o final da semana passado ainda não afetam de modo significativo o preço do mercado de curto prazo (Preço de Liquidação de Diferenças - PLD) já que essas primeiras chuvas não se transformam necessariamente em afluência para recompor os reservatórios.

Chipp disse que até no máximo metade da semana que vem entregará o relatório sobre o apagão que atingiu diversas regiões do país no início de fevereiro.

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