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Renúncia de João Paulo é lida em plenário

A decisão será publicada no Diário Oficial nesta terça-feira, 11, quando deve ser empossado o suplente, Gustavo Petta (PC do B-SP)


	João Paulo Cunha: pressionado pelo PT, João Paulo encaminhou a carta de renúncia na noite de sexta-feira passada, dia 7
 (Renato Araújo/Agência Brasil)

João Paulo Cunha: pressionado pelo PT, João Paulo encaminhou a carta de renúncia na noite de sexta-feira passada, dia 7 (Renato Araújo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 16h47.

Brasilia - A renúncia do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) foi lida na abertura da sessão da Câmara da tarde desta segunda-feira, 10, por Gonzaga Patriota (PSB-PE), 1º suplente da Mesa Diretora.

A decisão será publicada no Diário Oficial nesta terça-feira, 11, quando deve ser empossado o suplente, Gustavo Petta (PC do B-SP), ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Pressionado pelo PT, João Paulo encaminhou a carta de renúncia na noite de sexta-feira passada, dia 7. "É com a consciência do dever cumprido e baseado nos preceitos da Constituição Federal e no Regimento Interno da Câmara dos Deputados que eu renuncio ao meu mandato de deputado federal", diz João Paulo.

No lugar do petista assume o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e vereador em Campinas, Gustavo Petta (PC do B-SP), que teve seu nome ligado às irregularidades do Ministério do Esporte que culminaram com a saída do ministro Orlando Silva, cunhado de Petta, em 2011.

A renúncia de João Paulo ocorreu após ele ser visitado pelo líder do partido, Vicentinho (PT-SP), na quinta-feira passada, dia 6. Os dois conversaram sobre a possibilidade da renúncia.

"O que posso declarar é que nós vamos e devemos respeitar a decisão que ele tomou e vamos apoiá-lo em todos os caminhos para provar a sua inocência", disse Vicentinho, após a apresentação da carta de renúncia. Ao longo da semana, integrantes da cúpula da Câmara e parlamentares petistas classificavam como impossível João Paulo manter o mandato em um julgamento em plenário com voto aberto em ano eleitoral.

Polêmica

Gustavo Petta se licenciará do cargo de vereador em Campinas para assumir o mandato em Brasília, o que deve acontecer nos próximos dias.

Nas eleições desse ano, disputará uma vaga na Assembleia Legislativa paulista em dobradinha com o cunhado, o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva Jr, que tentará eleger-se deputado federal. "Serei o primeiro ex-presidente da UNE a assumir uma vaga no Congresso Nacional desde Lindbergh Farias (senador pelo PT do Rio e pré-candidato ao governo do Estado)", lembra Petta.

Apesar de seu partido fazer duras críticas ao julgamento do mensalão e defender os réus que estão presos, Petta é mais ponderado. "A decisão do STF tem que ser respeitada". Ele diz, porém, que acha "contraditório" o mensalão do PSDB mineiro ser julgado depois do mensalão petista, já que a ordem cronológica foi inversa.

Em 2011, havia a suspeita que recursos repassados pelo Ministério dos Esportes a organizações não governamentais (ONGs) beneficiavam parentes, entre eles Petta. Na ocasião, ele deixou o cargo de secretário de esportes em Campinas. Suplente em exercício, a deputada Iara Bernardi (PT-SP) passa agora a ter status de titular.

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