Brasil

Renato Duque volta a ser preso em 10ª fase da Lava Jato

Entre os crimes investigados na etapa estão associação criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude em licitação


	Agentes da Polícia Federal durante operação: o ex-diretor da estatal foi preso nesta segunda em sua casa no Rio de Janeiro
 (Marcello Casal Jr./ABr)

Agentes da Polícia Federal durante operação: o ex-diretor da estatal foi preso nesta segunda em sua casa no Rio de Janeiro (Marcello Casal Jr./ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 11h17.

Rio de Janeiro - O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque voltou a ser preso pela Polícia Federal, nesta segunda-feira, em uma nova fase da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na estatal.

Duque foi preso pela primeira vez em 14 de novembro junto com executivos de grandes empreiteiras do país, após uma série de denúncias de corrupção envolvendo grandes obras da Petrobras.

Ele deixou a prisão em dezembro graças a um habeas corpus.

O ex-diretor da estatal foi preso como parte da 10ª fase da Lava Jato, “Que país é esse”, deflagrada nesta segunda-feira.

Cerca de 40 policiais federais cumprem 18 mandados judiciais nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, segundo a Polícia Federal (PF). Ao todo, são dois mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão.

Os presos são investigados pela prática dos crimes de associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro.

"Os presos serão trazidos para Curitiba/PR e permanecerão custodiados na Superintendência da Polícia Federal à disposição da Justiça Federal de Curitiba/PR", disse a PF em nota.

O nome de Duque foi citado pelo ex-gerente-executivo da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, um dos principais operadores do esquema de corrupção na estatal, em depoimento na semana passada à CPI da Petrobras.

Barusco, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça, disse que o mecanismo de desvio de recursos envolvia empresas, Duque e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

A operação Lava Jato investiga um escândalo de corrupção em que empreiteiras teriam formado cartel para participar das licitações de obras da Petrobras e pagariam propina a funcionários da estatal e operadores que lavariam dinheiro do esquema, repassando os valores de sobrepreço das licitações a políticos e partidos.

A prisão de Duque foi confirmada pela defesa, que não se manifestou imediatamente sobre como procederá nesta segunda-feira. Anteriormente, a defesa do ex-diretor afirmou que as acusações contra o seu cliente não tinham fundamento.

Procuradores da República que atuam na Força-Tarefa da Lava Jato falarão com jornalistas às 15h desta segunda-feira sobre o oferecimento de nova denúncia, após um ano do início da operação.

Em comunicado, a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal não detalhou a nova denúncia, que deverá ocorrer após grandes manifestações populares no Brasil, domingo, contra a corrupção e pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

*Matéria atualizada às 11h16

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleoPolícia Federal

Mais de Brasil

Temperatura acima de 30°C para 13 capitais e alerta de chuva para 4 estados; veja previsão

Discreta, Lu Alckmin descarta ser vice de Tabata: 'Nunca serei candidata'

Desconhecido, Novo PAC não decola e frustra expectativas de ganho político para o governo

Quero ser responsável pela vitória dele, diz Lula no lançamento da candidatura de Boulos em SP

Mais na Exame