Renan Calheiros (PMDB-AL) cumprimenta o antecessor, José Sarney (PMDB-AP): mais viagens que o senador do Amapá (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2013 às 11h06.
São Paulo - O presidente do Senado Renan Calheiros faz maior uso dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) que seu antecessor, o também peemedebista José Sarney. Segundo informações da Aeronáutica obtidas pela Folha de S. Paulo, Renan fez 27 voos desde que assumiu o cargo, em fevereiro. No mesmo período, Sarney havia feito 18 viagens.
Já o atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) solicitou o uso das aeronaves 47 vezes de fevereiro até junho, contra 60 do antecessor, Marco Maia (PT-RS).
O direito de utilização dos aviões da FAB pelas autoridades dos três poderes é regulada pelo decreto presidencial 4.244, de 2002. O uso pode ser feito em casos de segurança, emergência médica, viagens a serviço ou deslocamentos para os locais de residência.
Mas não é sempre que isso ocorre.
Há duas semanas, foi revelado que Renan Calheiros foi a um casamento na Bahia usando o benefício a que tem direito como presidente do Senado. Apesar de incialmente alegar que cumpria agenda oficial, o peemedebista voltou atrás e disse que devolverá 32 mil reais aos cofres públicos.
Já o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, levaram familiares para assistir ao final da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro. Eles também devolverão os custos dos voos.
Está em curso no Ministério Público uma investigação preliminar sobre o uso desses aviões por Renan, Garibaldi e Henrique Alves.
No total, as viagens das autoridades com a FAB vêm aumentando nos últimos anos. A média no primeiro semestre foi de nove voos diários, contra oito no ano passado e 6,6 em 2011.
Mas os presidentes das casas legislativas nem de longe foram os que mais utilizaram o serviço. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, viajou 110 vezes no primeiro semestre. Em segundo, aparecem Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, com 101 viagens, e José Eduardo Cardozo, da Justiça, com 91.