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Renan e Jucá receberam R$ 5 mi para aprovar MP, diz Odebrecht

Os principais nomes do PMBD teriam atuado para aprovar uma medida que garantiu vantagens fiscais para empresas que atuavam no exterior

Delações: Jucá é alvo de cinco inquéritos pela atuação que teve a favor da Odebrecht no Senado e Renan será investigado em quatro procedimentos (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Delações: Jucá é alvo de cinco inquéritos pela atuação que teve a favor da Odebrecht no Senado e Renan será investigado em quatro procedimentos (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2017 às 13h45.

Principais nomes do PMDB no Senado, Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL) são investigados juntos em um inquérito no Supremo Tribunal Federal que vai apurar o pagamento de R$ 5 milhões em propina pela Odebrecht.

Os dois teriam atuado para aprovar uma Medida Provisória que garantiu vantagens fiscais para empresas que atuavam no exterior.

O inquérito foi baseado na delação premiada de Marcelo Odebrecht e dos ex-diretores da companhia Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho.

Em depoimentos gravados, Melo Filho afirma que Jucá era o responsável pelos contatos com a empresa, mas deixava claro que também falava em nome de Renan.

O pagamento teria sido realizado pelo setor de operações estruturadas da companhia, e ficou registrado no sistema Drousys sob o nome de "exportação", para indicar a MP a qual se referia no Congresso.

Ao todo, Jucá é alvo de cinco inquéritos pela atuação que teve a favor da Odebrecht no Senado. Já Renan será investigado em quatro procedimentos. Os dois peemedebistas negam irregularidades.

Na sexta-feira, em entrevista ao programa Moreno no Rádio, da CBN, Jucá negou as acusações de recebimento de recursos por seu empenho na aprovação de MP.

"Chegou-se ao cúmulo dizer que eu beneficiei empresas com MPs. Quem fala em compra de MPs não conhece como funciona o governo e o Congresso", disse Jucá.

Em nota, Renan afirmou que "um homem público sabe que pode ser investigado, mas isso não pode significar uma condenação prévia ou um atestado de que alguma irregularidade foi cometida".

Ele também disse acreditar que os "inquéritos serão arquivados por falta de provas como aconteceu com o primeiro deles".

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