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Quem são os políticos que podem estar na lista da Lava Jato

A PGR encaminhou ao Supremo na terça-feira 28 pedidos de abertura de inquérito contra 54 pessoas

Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, do Senado, Renan Calheiros, na sessão de abertura do ano legislativo  (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, do Senado, Renan Calheiros, na sessão de abertura do ano legislativo (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 10h02.

Os nomes dos presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão na lista encaminhada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a abertura de inquéritos por envolvimento na operação Lava Jato, noticiaram jornais nesta quarta-feira.

A PGR encaminhou ao Supremo na terça-feira 28 pedidos de abertura de inquérito contra 54 pessoas, com ou sem mandato parlamentar, por conta da operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.

Os nomes dos peemedebistas que comandam as duas Casas do Congresso aparecem nos jornais Folha de S.Paulo, Estado de S.Paulo e O Globo. Segundo o Estadão, os dois foram informados previamente pelo vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer.

Ainda segundo o Estadão, Renan já teria consultado dois advogados para o defender, enquanto Cunha negou ter recebido "qualquer informação, de quem quer que seja". A Folha diz que também estão na lista os nomes do senador e ex-presidente da República Fernado Collor de Mello (PTB-AL), da senadora e ex-ministra Gleise Hoffmann (PT-PR) e do senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA).

Os nomes dos investigados não foram divulgados nem pela PGR nem pelo Supremo, pois o caso corre sob segredo de Justiça. Cabe agora ao ministro do STF Teori Zavascki, relator do caso no Supremo, acatar ou não um pedido de retirada do sigilo para que possam ser conhecidos os envolvidos nos pedidos de inquérito da PGR.

Os políticos com mandato parlamentar têm prerrogativa de foro privilegiado e só podem ser julgados pelo STF. No entanto, na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, há pessoas sem mandato, que não têm foro privilegiado, mas foram incluídas por estarem vinculadas às denúncias.

No meio político, a lista era amplamente aguardada. No Congresso Nacional, o clima na terça-feira era de expectativa em relação aos pedidos de investigação de Janot ao STF.

Segundo o Estadão, a PGR deve encaminhar nesta quarta-feira outra lista para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por autorizar investigações contra governadores.

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