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Relator do Orçamento diz que vai propor mínimo de R$ 540

Gim Argelo ressaltou que não há expectativa de conceder para o próximo ano um salário mínimo que se aproxime de R$ 600

De acordo com o relator, o impacto de um salário mínimo de R$ 540 é de R$ 400 bilhões na receita total do Orçamento
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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 20h28.

Brasília - O relator-geral do Orçamento para 2011, senador Gim Argelo (PTB-DF), informou hoje (3) que o valor de R$ 540 será o ponto de partida para a negociação do salário mínimo a ser pago a partir do próximo ano. “Parto do valor arredondado de R$ 540”, anunciou o senador. Ele informou que vai conversar amanhã com dirigentes de todas as centrais sindicais para debater o assunto.

Gim Argelo ressaltou que o valor do salário mínimo deve ser definido com responsabilidade e que não há expectativa de conceder para o próximo ano um salário mínimo que se aproxime de R$ 600.

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“Não tenho essa expectativa de ultrapassar ou chegar perto de uma salário mínimo de R$ 600. Hoje não existe essa expectativa”, enfatizou o senador, que alegou falta de recursos orçamentários para bancar a proposta. “Para cada um real que se sobe no salário mínimo temos uma diferença de R$ 286,4 milhões no Orçamento. Arredondar o salário mínimo para R$ 540 é uma realidade”, declarou.

“Vamos escutar todas as centrais sindicais, saber da argumentação delas em cima de todas essas estimativas que foram colocadas hoje e, a partir disso, vamos pensar em uma negociação de dois anos, como bem orientou a presidenta eleita Dilma Rousseff”, disse.

De acordo com o relator, o impacto de um salário mínimo de R$ 540 é de R$ 400 bilhões na receita total do Orçamento.

O senador participou hoje (3) da reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) que aprovou o relatório de receita que prevê mais R$ 17,7 bilhões para serem usadas pelo governo no próximo ano. Apesar do aumento na estimativa de receita e na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), Gim Argelo enfatizou que o “cobertor do Orçamento ainda é muito curto. “Temos demandas de toda ordem na saúde, na educação e na segurança. Com esse tanto de demanda, mesmo com esse aumento de receita, o cobertor do Orçamento continua curto”, reafirmou o senador.

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