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Relator do mensalão lê denúncia de corrupção ativa

Entre os réus desta etapa, figuram políticos ligados ao PT (José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares)

Joaquim Barbosa lê denúncia no STF: o magistrado faz a leitura da denúncia, que afirma que o crime de corrupção ativa era dirigido e operacionalizado por José Dirceu (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 23h41.

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) começou hoje (3) a análise das acusações sobre corrupção ativa do núcleo político na Ação Penal 470, conhecida como processo do mensalão .

Entre os réus desta etapa, figuram políticos ligados ao PT (José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares), ao núcleo publicitário (Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias) e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, à época filiado ao PL (atual PR). Todos são acusados apenas de corrupção ativa.

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No momento, o ministro-relator Joaquim Barbosa começa a proferir seu voto referente à segunda parte do Capítulo 6 da denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que trata de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha entre os partidos da base aliada ao governo entre 2003 e 2004.

O magistrado faz a leitura da denúncia, que afirma que o crime de corrupção ativa era dirigido e operacionalizado por José Dirceu, Delúbio Soares e Marcos Valério. "É certo que José Dirceu, em razão da força política e administrativa que exercia, foi o principal articulador dessa engrenagem. [Dirceu] Reunia-se com o principal operador do esquema, Marcos Valério, para tratar de repasses de dinheiro e acordos políticos", disse.

A primeira etapa deste capítulo foi encerrada na segunda-feira (1º) e dez políticos foram condenados por corrupção passiva. Isso porque, para facilitar a logística, os ministros decidiram separar o capítulo em duas partes, julgando primeiro os acusados de corrupção passiva e, depois, os de corrupção ativa. Na segunda-feira, o STF concluiu a análise da primeira etapa, que envolvia 13 réus, condenando dez por corrupção passiva, 11 por lavagem de dinheiro e cinco por formação de quadrilha.

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