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Relator da reforma política vai propor lista fechada em eleições

Deputado Vicente Cândido (PT-SP) também disse que seu relatório incluirá a adoção da lista fechada nas eleições para deputado federal, estadual e vereadores

Deputado Vicente Cândido (PT-SP): "nós vamos ter que encarar o financiamento público de campanha, e a lista fechada é a maneira mais barata" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Deputado Vicente Cândido (PT-SP): "nós vamos ter que encarar o financiamento público de campanha, e a lista fechada é a maneira mais barata" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2017 às 14h45.

O relator da reforma política na Câmara dos Deputados, Vicente Cândido (PT-SP), disse que seu relatório incluirá a adoção da lista fechada nas eleições para deputado federal, estadual e vereadores nas eleições de 2018, 2020 e 2022, além de um financiamento misto para as campanhas para deputados, com 70 por cento de origem pública e o restante privada.

Cândido defendeu que, a partir das eleições de 2026, o Brasil adote o sistema distrital misto, como na Alemanha, em que metade do Parlamento é eleito por lista fechada e a outra metade em votações majoritárias, por distritos.

"Nós vamos ter que encarar o financiamento público de campanha, e a lista fechada é a maneira mais barata. Com o dinheiro que você faria uma campanha para um deputado no Estado de São Paulo, você faria para a chapa inteira", disse Cândido, segundo a Agência Câmara Notícias.

O parlamentar disse que apresentará seu relatório no dia 4 de abril e espera que a reforma seja aprovada na Câmara em maio, para então começar a ser analisada pelo Senado em junho.

A adoção da lista fechada, sistema no qual o eleitor vota no partido que define previamente a ordem de candidatos que serão eleitos conforme o número de votos obtidos, têm sido alvo de críticas dos que apontam que o modelo inibirá a renovação na política.

Também tem sido alvo de ataques dos que afirmam que caciques partidários, muitos deles citados em delações da operação Lava Jato, aproveitarão o sistema de lista fechada para manterem seus nomes no topo da lista, aumentando assim a chance de manterem seus mandatos e, consequentemente, a prerrogativa de foro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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