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Rejeição a deputados e senadores bate recorde, diz Datafolha

60% dos brasileiros consideram o desempenho de deputados ou senadores "ruim ou péssimo"

Congresso Nacional: pior avaliação desde 1993 (Paulo Whitaker/Reuters)

Congresso Nacional: pior avaliação desde 1993 (Paulo Whitaker/Reuters)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 08h51.

Última atualização em 6 de dezembro de 2017 às 13h28.

São Paulo - A reprovação do Congresso Nacional bateu novo recorde no final de novembro, segundo pesquisa do Instituto Datafolha.

60% dos brasileiros consideram o desempenho de deputados ou senadores "ruim ou péssimo", enquanto a aprovação foi de apenas 5%, o menor número já registrado. Para 31% dos entrevistados, o desempenho foi regular.

No levantamento anterior, a aprovação dos parlamentares era de 9%, e a reprovação, de 50%.

Antes dessa pesquisa, o recorde de rejeição tinha sido registrado em dezembro de 2016 e abril de 2017 (quando estava em 58%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo).

A série histórica do Datafolha sobre a atuação dos deputados e senadores começou em 1993, e já estreou mal: no segundo semestre, 56% da população rejeitava o trabalho dos parlamentares, segundo a Folha de S.Paulo.

Vários parlamentares estão na mira da Operação Lava Jato, inclusive os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, respectivamente, o que contribui para a avaliação negativa.

Além disso, no governo de Michel Temer, os deputados e senadores aprovaram várias medidas impopulares, como a PEC do Teto de Gastos, a reforma trabalhista, e uma reforma política muito menor do que a almejada.

Isso sem contar as duas denúncias contra o presidente que foram engavetadas em troca de liberação de verbas para os domicílios eleitorais dos parlamentares.

Também está na pauta do Congresso a votação da reforma da Previdência, que tem uma rejeição popular significativa.

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