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Reitoria da USP derruba prédio ocupado por estudantes

O prédio foi originalmente construído para servir como casa de máquinas de energia elétrica


	Em 2010, a primeira tentativa de demolição do prédio foi suspensa por causa de protestos
 (EXAME.com)

Em 2010, a primeira tentativa de demolição do prédio foi suspensa por causa de protestos (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2012 às 09h05.

São Paulo - A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) demoliu no sábado (22) o espaço conhecido como ‘canil’, prédio anexo à Escola de Comunicações e Artes (ECA) usado desde 2006 pelos estudantes para atividades culturais.

O prédio foi originalmente construído para servir como casa de máquinas de energia elétrica. Anos depois, foi adaptado para abrigar cães que circulavam pela Cidade Universitária.

Com a transferência do canil por causa do excesso de barulho durante o período das aulas, o espaço ficou ocioso e, em 2006, foi ocupado pelos estudantes, que derrubaram as antigas grades e passaram a fazer festas, exposições e shows no local.

A direção da universidade informou no domingo (23), por meio de sua assessoria de imprensa, que a demolição do canil faz parte do processo de reurbanização da antiga reitoria da USP, para onde a atual reitoria deve ser transferida no ano que vem. Uma série de obras está prevista recuperar essa parte da Cidade Universitária.

Protesto

Em 2010, a primeira tentativa de demolição do prédio foi suspensa por causa de protestos dos estudantes, que reivindicaram o uso do local e pediram canal de diálogo com o reitor, João Grandino Rodas.

"Vamos entrar com pedido de reconstrução do prédio, que abrigava a maior festa de estudantes da USP, e em seis anos já reuniu mais de cem bandas", afirma Paulo Fluxus, estudante de Artes Plásticas, que participou da ocupação do prédio em 2006.

Na tarde de domingo (23), um grupo de estudantes da ECA se revezava entre os escombros, organizando uma intervenção artística. "Estamos colocando fitas de crochê nas ferragens que sobraram e vamos pintar as pedras de rosa choque", conta o aluno. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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