Alckmin: "nós estamos fazendo uma reforma que precisa ser mais valorizada porque é uma mudança cultural", disse o tucano (Geraldo Alckmin/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de abril de 2017 às 15h47.
São Paulo - No dia em que trabalhadores em todo o País fazem uma greve geral contra as reformas do presidente Michel Temer (PMDB), especialmente a da Previdência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), saiu em defesa da proposta do governo federal de reformar o sistema previdenciário.
Durante discurso no encerramento do Congresso Estadual de Municípios, em Campos do Jordão, que foi transmitido pela internet, o tucano afirmou que a reforma da Previdência precisa ser mais valorizada e defendida.
"Nós estamos fazendo uma reforma que precisa ser mais valorizada porque é uma mudança cultural", disse.
"A reforma da Previdência não é para tirar direito de ninguém, mas é para nós caminharmos para o regime geral de Previdência onde o público nos seus três níveis terão as mesmas regras."
O tucano reforçou que "as reformas são essenciais, se não o Brasil não avança". A uma plateia de prefeitos, secretários, deputados estaduais e federais, ele afirmou que é "nosso dever" trabalhar pela aprovação das propostas do governo federal para garantir geração de emprego e renda no futuro.
No discurso, o governador destacou obras de seu governo, especialmente o programa de concessões e o leilão do lote "Rodovias dos Calçados", realizado nesta semana.
O tucano anunciou ainda aos prefeitos um programa de crédito para as prefeituras comprarem veículos, máquinas e equipamentos no valor de até R$ 500 mil.
Pelo programa anunciado por Alckmin, as prefeituras poderão aderir ao financiamento com seis meses de carência e 66 meses para pagar. A taxa cobrada dos municípios será apenas a variação do Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA), disse.
"Os juros todinhos o Estado vai equalizar, o Estado que vai pagar. Mais uma medida para ajudar as prefeituras a trocarem caminhões, trator, ambulância...", afirmou o tucano.
Alckmin destacou que seu governo está enfrentando dificuldades pela crise econômica brasileira, que fez reduzir a arrecadação do Estado. "Governar com dinheiro é moleza, é fácil. Governar sem dinheiro é tarefa redobrada."