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Reforma da Previdência não terá aprovação fácil, diz Maia

Presidente da Câmara dos Deputados também afirmou que o resultado final da reforma aprovada será menor do que o planejado pelo governo

Rodrigo Maia: "todas as reformas estão sendo menores do que a gente gostaria, e a da Previdência já é menor do que o governo gostaria" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodrigo Maia: "todas as reformas estão sendo menores do que a gente gostaria, e a da Previdência já é menor do que o governo gostaria" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 29 de setembro de 2017 às 12h25.

Última atualização em 29 de setembro de 2017 às 13h36.

Rio de Janeiro - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira que a reforma da Previdência será de difícil aprovação no Congresso e menor do que planejada pelo governo.

"Todas as reformas estão sendo menores do que a gente gostaria, e a da Previdência já é menor do que o governo gostaria", disse Maia a repórteres após participação em evento com reitores de universidades no Rio de Janeiro.

"Vamos ver o que conseguimos aprovar na reforma da Previdência... Não será fácil, nem simples", afirmou.

Maia voltou a defender a necessidade de alterar as regras previdenciárias e fez avaliação que, o que chamou de "incêndio fiscal" vivido pelo país vai piorar a partir de 2019 caso a Previdência não seja reformada.

"Se não fizermos reforma do Estado agora ou no próximo presidente, vamos estar inviabilizando investimentos em áreas fundamentais do Brasil", disse o presidente da Câmara.

"Todas as reformas, elas têm sido, infelizmente, pequenas, porque o Parlamento olha a próxima eleição e tem divisão nos temas", acrescentou.

Maia reconheceu dificuldades entre seu partido, o DEM, e o PMDB, partido do presidente Michel Temer, mas assegurou que esse abalo não terá impactos na forma de os parlamentares do DEM votarão no Congresso.

"Não misturo os temas, vocalizo minha preocupação na relação do PMDB com o DEM... temos nossos problemas que não estão resolvidos, mas não é isso que vai fazer a gente mudar a postura no que acreditamos, como reforma da Previdência", assegurou.

"Não vamos mudar de opinião porque A ou B, ou o presidente do PMDB tem trabalhado de forma hostil contra o DEM."

A relação entre as duas siglas estremeceu após a filiação ao PMDB do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PE). Ambos chegaram a negociar a mudança do PSB para o DEM, mas acabaram se filiando ao partido de Temer.

Sobre a votação da segunda denúncia contra o presidente que tramita na Câmara, Maia voltou a dizer que atuará como árbitro neste processo, sem se posicionar contrária ou favoravelmente ao andamento. Ele também se esquivou de analisar se o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), escolhido relator da denúncia, se colocará a favor ou contra Temer.

"O deputado Bonifácio é um homem sério, sem mácula e não tenho como avaliar se ele foi escolhido como relator por ser contra ou a favor do presidente", disse.

"Tenho certeza de sua independência necessária para dar seu voto e não me preocupo com isso."

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