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Reeleição de Dilma cria dúvidas sobre reformas em emergentes

Reeleição levanta questões sobre se reformas em mercados emergentes serão entregues em países como Índia e Indonésia

Um apoiador do PT segura bandeira com o nome de Dilma Rousseff (PT) no Rio de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 18h12.

Londres - Promessas de reformas em mercados emergentes têm encorajado investidores neste ano, mas a reeleição da presidente Dilma Rousseff no Brasil levanta questões sobre se reformas serão entregues em mercados como Índia e Indonésia.

A presidente Dilma Rousseff (PT) conquistou a reeleição com uma pequena margem contra o favorito dos mercados, o senador Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições no domingo.

Os governos do PT são celebrados por terem tirado 40 milhões de brasileiros da pobreza, mas investidores querem ver medidas ousadas favoráveis às empresas para reverter a desaceleração econômica do país. O Brasil ilustra os desafios dos países em desenvolvimento.

À medida que o crescimento econômico e o investimento externo desaceleram, muitos países são pressionados a cortar déficits, abandonar programas de transferência de renda e privatizar.

Essas medidas são bem-vindas entre os investidores, mas rejeitadas ferozmente por eleitores pobres que dependem de comida e combustível subsidiados.

O resultado das eleições no Brasil pode desfazer a percepção de que muitos governos de países emergentes estão preparando reformas econômicas agressivas, disse o chefe de estratégia para mercados emergentes do UBS, Bhanu Baweja.

Essas expectativas têm atraído bilhões de dólares para os mercados emergentes, parcialmente compensando as perdas do ano passado. A Índia recebeu 35 bilhões de dólares e a Indonésia, 14 bilhões de dólares, até agora em 2014, com investidores em ações e bônus aplaudindo a eleição de líderes pró-mercado nos dois países.

"Em meio a balanços corporativos e crescimento mais fraco, uma das questões em que investidores em mercados emergentes vinham depositando suas esperanças era uma onda de reformas. A esperança era de que o Brasil seguiria a Índia e a Indonésia no avanço em direção a políticas que melhorem e sustentem o crescimento de longo prazo", disse Baweja a clientes.

Esse recursos ficarão mais voláteis após a eleição no Brasil, disse.

Consequentemente, índices de ações e títulos de mercados emergentes devem ter desempenho mais fraco do que seus pares desenvolvidos neste ano, porque o Brasil é um componente importante na maioria dos índices de referência.

O Morgan Stanley também advertiu sobre possíveis consequências dessa eleição. O banco argumenta que os ativos de mercados emergentes, frágeis em função de fluxos de investimento e crescimento mais lento, são tão fortes quanto seu elo mais fraco.

E cita Brasil, Turquia e África do Sul.

"Como na Índia e na Indonésia, um ajuste econômico que reduza o déficit externo e os riscos estruturais é possível, mas exige uma mudança na estratégia (do Brasil)", escreveram eles em nota a clientes.

"Na medida em que essa estratégia é menos provável, a vulnerabilidade dos mercados emergentes como um todo cresceu".

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Londres - Promessas de reformas em mercados emergentes têm encorajado investidores neste ano, mas a reeleição da presidente Dilma Rousseff no Brasil levanta questões sobre se reformas serão entregues em mercados como Índia e Indonésia.

A presidente Dilma Rousseff (PT) conquistou a reeleição com uma pequena margem contra o favorito dos mercados, o senador Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições no domingo.

Os governos do PT são celebrados por terem tirado 40 milhões de brasileiros da pobreza, mas investidores querem ver medidas ousadas favoráveis às empresas para reverter a desaceleração econômica do país. O Brasil ilustra os desafios dos países em desenvolvimento.

À medida que o crescimento econômico e o investimento externo desaceleram, muitos países são pressionados a cortar déficits, abandonar programas de transferência de renda e privatizar.

Essas medidas são bem-vindas entre os investidores, mas rejeitadas ferozmente por eleitores pobres que dependem de comida e combustível subsidiados.

O resultado das eleições no Brasil pode desfazer a percepção de que muitos governos de países emergentes estão preparando reformas econômicas agressivas, disse o chefe de estratégia para mercados emergentes do UBS, Bhanu Baweja.

Essas expectativas têm atraído bilhões de dólares para os mercados emergentes, parcialmente compensando as perdas do ano passado. A Índia recebeu 35 bilhões de dólares e a Indonésia, 14 bilhões de dólares, até agora em 2014, com investidores em ações e bônus aplaudindo a eleição de líderes pró-mercado nos dois países.

"Em meio a balanços corporativos e crescimento mais fraco, uma das questões em que investidores em mercados emergentes vinham depositando suas esperanças era uma onda de reformas. A esperança era de que o Brasil seguiria a Índia e a Indonésia no avanço em direção a políticas que melhorem e sustentem o crescimento de longo prazo", disse Baweja a clientes.

Esse recursos ficarão mais voláteis após a eleição no Brasil, disse.

Consequentemente, índices de ações e títulos de mercados emergentes devem ter desempenho mais fraco do que seus pares desenvolvidos neste ano, porque o Brasil é um componente importante na maioria dos índices de referência.

O Morgan Stanley também advertiu sobre possíveis consequências dessa eleição. O banco argumenta que os ativos de mercados emergentes, frágeis em função de fluxos de investimento e crescimento mais lento, são tão fortes quanto seu elo mais fraco.

E cita Brasil, Turquia e África do Sul.

"Como na Índia e na Indonésia, um ajuste econômico que reduza o déficit externo e os riscos estruturais é possível, mas exige uma mudança na estratégia (do Brasil)", escreveram eles em nota a clientes.

"Na medida em que essa estratégia é menos provável, a vulnerabilidade dos mercados emergentes como um todo cresceu".

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