Bolsa Família: governador eleito da Bahia, Rui Costa, rebateu críticas da oposição sobre o programa (Ana Nascimento/Ministério do Desenvolvimento Social)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2014 às 15h35.
Brasília - O governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT), rebateu as críticas da oposição sobre o fato de os eleitores do Nordeste votarem na presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff em razão do Bolsa Família.
No primeiro turno, Dilma obteve 16,3 milhões de votos na região, contra 4,3 milhões de Aécio Neves (PSDB).
"É uma avaliação simplista e reducionista isso de que o Nordeste é o Bolsa Família. Quem conhecia o Nordeste de 15 anos atrás e conhece o de agora vai perceber que a realidade das famílias e a dinâmica econômica mudou radicalmente", afirmou em entrevista ao Broadcast Político, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.
"Vejo os articulistas (da imprensa) criticando o Nordeste sem de dedicar por 30 minutos para entender a região", observou.
A afirmação foi uma crítica à declaração recente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que "o PT está fincado nos menos informados, que coincidem de ser os mais pobres".
Embora FHC não tenha citado o Nordeste, a afirmação se "viralizou" nas redes sociais como um ataque tucano à supremacia petista nas urnas nordestinas.
Na entrevista, Costa defendeu o governo petista na esfera federal como responsável pelo surgimento de cidades médias com atividades econômicas locais.
O governador eleito aponta a consolidação do polo de energia eólica no estado baiano como resultado da gestão petista.
"A Bahia passa, a partir de 2015, a ser o maior parque eólico do país, com a instalação de geradores no interior e a verticalização que fizemos de toda a cadeia de produção de componentes", disse.
O substituto do atual governador Jaques Wagner (PT) prometeu uma retomada no polo petroquímico de Camaçari, esquecido pela Petrobras.
A estatal priorizou nos últimos anos investimentos no Porto de Suape, em Pernambuco, onde constrói a refinaria de Abreu e Lima.
"Conseguimos negociar com as empresas, depois de ficar anos sem investimentos no polo petroquímico, o pagamento de créditos tributários que estavam retidos", relatou.
A meta a partir de 2015, segundo ele, é construir um polo têxtil e consolidar o núcleo fabril de acrílicos de Camaçari.
"Conseguimos um investimento de R$ 1,3 bilhão da Basf no complexo de acrílicos. Isso abre perspectiva para uma nova cadeia produtiva de plástico. Eu diria que até para indústria têxtil, já que passamos a ter o poliéster e temos algodão no oeste da Bahia. Teremos, assim, duas matérias-primas para a produção têxtil e vamos buscar verticalizar essa cadeia produtiva aqui no estado", afirmou.