Reduc terá protesto contra retomada da produção
Trabalhadores alegam que não há garantia de segurança nas operações da refinaria após o incêndio na unidade de Coque
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 18h58.
Rio - Os trabalhadores da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio, planejam para a esta sexta-feira, 10, uma mobilização na rodovia Washington Luis, em frente à unidade, para protestar contra a retomada da produção na refinaria. Eles alegam que não há garantia de segurança nas operações após o incêndio na unidade de Coque, no último sábado.
A Petrobras estima retomar a produção no próximo dia 10, sexta-feira, mas os trabalhadores exigem que a retomada seja parcial, com operação em carga mínima para que sejam atestadas as condições de segurança na refinaria. A exigência foi apresentada ontem em reunião do sindicato com dirigentes da empresa.
"Levamos documentos em que alertamos sobre os riscos da partida na operação e as exigências de que sejam revistas as cargas, a qualidade da carga e o efetivo utilizado na unidade", afirma o presidente do sindicato, Simão Zanardi. "A proposta é começar a operar com carga mínima e mais três operadores, para ver como a unidade se comporta após os reparos e com elevação progressiva até atingir a carga normal de 5 mil m³/dia", completou.
Em agosto, a carga da unidade foi elevada para cerca de 6 mil m³/dia e a alteração é apontada como uma das causas do acidente do último sábado. Foi o quinto acidente nos últimos 40 dias. A Petrobras está elevando a carga de processamento das refinarias para diminuir a necessidade de importação de derivados, que compromete seu caixa.
Na terça-feira, em comunicado, a Petrobras informou que o parque de refino da companhia processou, em média, 8% mais óleo entre os meses de janeiro e novembro de 2013, na comparação com o ano anterior. A elevação, segundo a companhia, "decorre da melhor performance obtida com a entrada em funcionamento de novas unidades, além da otimização dos processos de refino e da remoção de alguns gargalos na infraestrutura".
No total, foram processados 2,034 milhões de barris por dia no período. De acordo com o comunicado, a carga de referência para as unidades seria de 2.102 mil barris por dia, indicando que a taxa de utilização ficou com 97,4% nesse período. A Petrobras também destacou que a carga autorizada pelos órgãos fiscalizadores é de 2.228 mil barris por dia, o que colocaria a atual operação com nível de utilização de 91,9%.
"O nível de utilização das refinarias (91,9%) é comparável ao alcançado pelas refinarias americanas de melhor performance, que foi de 92,2% entre 2011 e 2012, segundo dados da Solomon Associates, empresa de consultoria internacional especializada na área de refino", informa o comunicado.
As explicações foram recebidas como uma resposta às denúncias de operação acima da capacidade nas refinarias. "Cada barril que a empresa refina a mais reduz o impacto nas contas. A questão é se esse aumento é feito as custas da segurança da operação, que compromete não só os equipamentos mas também os profissionais", avalia o consultor Rafael Schechtman, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Atualizado às 19h58min de 08/01/2014, pois a note anterior continha uma incorreção. Os trabalhadores da Reduc preparam para esta sexta-feira, não quinta-feira, protesto contra a retomada da produção.
Rio - Os trabalhadores da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio, planejam para a esta sexta-feira, 10, uma mobilização na rodovia Washington Luis, em frente à unidade, para protestar contra a retomada da produção na refinaria. Eles alegam que não há garantia de segurança nas operações após o incêndio na unidade de Coque, no último sábado.
A Petrobras estima retomar a produção no próximo dia 10, sexta-feira, mas os trabalhadores exigem que a retomada seja parcial, com operação em carga mínima para que sejam atestadas as condições de segurança na refinaria. A exigência foi apresentada ontem em reunião do sindicato com dirigentes da empresa.
"Levamos documentos em que alertamos sobre os riscos da partida na operação e as exigências de que sejam revistas as cargas, a qualidade da carga e o efetivo utilizado na unidade", afirma o presidente do sindicato, Simão Zanardi. "A proposta é começar a operar com carga mínima e mais três operadores, para ver como a unidade se comporta após os reparos e com elevação progressiva até atingir a carga normal de 5 mil m³/dia", completou.
Em agosto, a carga da unidade foi elevada para cerca de 6 mil m³/dia e a alteração é apontada como uma das causas do acidente do último sábado. Foi o quinto acidente nos últimos 40 dias. A Petrobras está elevando a carga de processamento das refinarias para diminuir a necessidade de importação de derivados, que compromete seu caixa.
Na terça-feira, em comunicado, a Petrobras informou que o parque de refino da companhia processou, em média, 8% mais óleo entre os meses de janeiro e novembro de 2013, na comparação com o ano anterior. A elevação, segundo a companhia, "decorre da melhor performance obtida com a entrada em funcionamento de novas unidades, além da otimização dos processos de refino e da remoção de alguns gargalos na infraestrutura".
No total, foram processados 2,034 milhões de barris por dia no período. De acordo com o comunicado, a carga de referência para as unidades seria de 2.102 mil barris por dia, indicando que a taxa de utilização ficou com 97,4% nesse período. A Petrobras também destacou que a carga autorizada pelos órgãos fiscalizadores é de 2.228 mil barris por dia, o que colocaria a atual operação com nível de utilização de 91,9%.
"O nível de utilização das refinarias (91,9%) é comparável ao alcançado pelas refinarias americanas de melhor performance, que foi de 92,2% entre 2011 e 2012, segundo dados da Solomon Associates, empresa de consultoria internacional especializada na área de refino", informa o comunicado.
As explicações foram recebidas como uma resposta às denúncias de operação acima da capacidade nas refinarias. "Cada barril que a empresa refina a mais reduz o impacto nas contas. A questão é se esse aumento é feito as custas da segurança da operação, que compromete não só os equipamentos mas também os profissionais", avalia o consultor Rafael Schechtman, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Atualizado às 19h58min de 08/01/2014, pois a note anterior continha uma incorreção. Os trabalhadores da Reduc preparam para esta sexta-feira, não quinta-feira, protesto contra a retomada da produção.