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Recomeça julgamento do Massacre do Carandiru

Promotores exibem vídeo com reportagens sobre o episódio, que ocorreu no dia 2 de outubro de 1992 e deixou 111 detentos mortos

Detentos no Pavilhão 9, no extinto Carandiru: “eles querem que continue o julgamento. Meus clientes não suportam mais essa pressão psicológica em cima deles, [que dura] 22 anos”, declarou advogado (ANTONIO MILENA/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 14h26.

São Paulo - Recomeçou por volta das 11h20, a quarta etapa do julgamento do Massacre do Carandiru . Os promotores exibem um vídeo com reportagens sobre o episódio, que ocorreu no dia 2 de outubro de 1992 e deixou um saldo de 111 detentos mortos. O advogado Celso Vendramini, que faz a defesa dos policiais que estão sendo julgados pela morte de dez detentos, disse, pouco antes do início do Tribunal do Júri hoje, que desistiu de pedir a dissolução do conselho de sentença a pedidos dos próprios réus.

Ontem (17), ao final do primeiro dia do julgamento, ele informou à imprensa que pediria o cancelamento do júri após os promotores do caso terem entregue dois livros para os sete jurados que, segundo ele, não constam nos autos do processo. Vendramini disse que pedirá apenas o registro do fato em ata.

“Eles querem que continue o julgamento. Meus clientes não suportam mais essa pressão psicológica em cima deles, [que dura] 22 anos”, declarou. antes de entrar no plenário. Segundo Vendramini, não é permitida a entrega de documentos aos jurados que não sejam juntados ao processo até três dias antes do julgamento.

“Se o resultado for negativo para os policiais hoje, se foram condenados, no recurso de apelação, eu peço a nulidade para um novo julgamento”, declarou. Ele avalia que os livros Pavilhão 9 e A História do Carandiru são tendenciosos e trazem uma visão negativa dos policiais.

Os promotores Márcio Friggi de Carvalho e Eduardo Olavo Canto Neto contestaram, no entanto, a versão do advogado. Eles disseram que os livros constam nos autos e que, portanto, não estão irregulares. Vendramini disse que, mesmo sem receber o pedido da defesa, o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo pode optar pelo cancelamento do júri. “O juiz pode entender que isso vai prejudicar o julgamento e decidir anular. É uma nulidade absoluta isso”, apontou.

O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo declarou, na abertura dos trabalhos, que os dois livros entregues aos sete jurados fazem parte de todo o processo do Massacre do Carandiru, que foi desmembrado por envolver um grande número de réus.

Hoje, quando se iniciam os debates entre acusação e defesa, cada parte terá duas horas e meia para falar, com direto a réplica e tréplica. A expectativa do advogado é que a sentença seja dada ainda hoje. Nesta etapa do julgamento do Carandiru, foi ouvido como testemunha de defesa o perito criminal Osvaldo Negrini e, como acusação, o desembargador Fernando Antônio Torres Garcia, que era juiz da corregedoria, à época, além de Maldiney Antonio de Jesus, funcionário da casa de detenção.

No primeiro dia, o juiz também interrogou os dez réus, que negaram ter estado no quinto pavimento (quarto andar) do Pavilhão 9, local onde ocorreram as mortes pelas quais são acusados. Os depoimentos dados ontem, no entanto, contradizem os que foram dados anteriormente à Justiça Militar e à Polícia Civil, nos quais confirmaram ter estado no local das mortes. Segundo o advogado, eles atuaram no quarto pavimento.

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São Paulo - Recomeçou por volta das 11h20, a quarta etapa do julgamento do Massacre do Carandiru . Os promotores exibem um vídeo com reportagens sobre o episódio, que ocorreu no dia 2 de outubro de 1992 e deixou um saldo de 111 detentos mortos. O advogado Celso Vendramini, que faz a defesa dos policiais que estão sendo julgados pela morte de dez detentos, disse, pouco antes do início do Tribunal do Júri hoje, que desistiu de pedir a dissolução do conselho de sentença a pedidos dos próprios réus.

Ontem (17), ao final do primeiro dia do julgamento, ele informou à imprensa que pediria o cancelamento do júri após os promotores do caso terem entregue dois livros para os sete jurados que, segundo ele, não constam nos autos do processo. Vendramini disse que pedirá apenas o registro do fato em ata.

“Eles querem que continue o julgamento. Meus clientes não suportam mais essa pressão psicológica em cima deles, [que dura] 22 anos”, declarou. antes de entrar no plenário. Segundo Vendramini, não é permitida a entrega de documentos aos jurados que não sejam juntados ao processo até três dias antes do julgamento.

“Se o resultado for negativo para os policiais hoje, se foram condenados, no recurso de apelação, eu peço a nulidade para um novo julgamento”, declarou. Ele avalia que os livros Pavilhão 9 e A História do Carandiru são tendenciosos e trazem uma visão negativa dos policiais.

Os promotores Márcio Friggi de Carvalho e Eduardo Olavo Canto Neto contestaram, no entanto, a versão do advogado. Eles disseram que os livros constam nos autos e que, portanto, não estão irregulares. Vendramini disse que, mesmo sem receber o pedido da defesa, o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo pode optar pelo cancelamento do júri. “O juiz pode entender que isso vai prejudicar o julgamento e decidir anular. É uma nulidade absoluta isso”, apontou.

O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo declarou, na abertura dos trabalhos, que os dois livros entregues aos sete jurados fazem parte de todo o processo do Massacre do Carandiru, que foi desmembrado por envolver um grande número de réus.

Hoje, quando se iniciam os debates entre acusação e defesa, cada parte terá duas horas e meia para falar, com direto a réplica e tréplica. A expectativa do advogado é que a sentença seja dada ainda hoje. Nesta etapa do julgamento do Carandiru, foi ouvido como testemunha de defesa o perito criminal Osvaldo Negrini e, como acusação, o desembargador Fernando Antônio Torres Garcia, que era juiz da corregedoria, à época, além de Maldiney Antonio de Jesus, funcionário da casa de detenção.

No primeiro dia, o juiz também interrogou os dez réus, que negaram ter estado no quinto pavimento (quarto andar) do Pavilhão 9, local onde ocorreram as mortes pelas quais são acusados. Os depoimentos dados ontem, no entanto, contradizem os que foram dados anteriormente à Justiça Militar e à Polícia Civil, nos quais confirmaram ter estado no local das mortes. Segundo o advogado, eles atuaram no quarto pavimento.

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