Carlos Alberto Barreto: “O resultado é explicado pela maior arrecadação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)", disse Barreto. (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Brasília - O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, classificou o resultado da arrecadação em janeiro como bom, mas não quis fazer projeções para o resto do ano. Em janeiro, a arrecadação de impostos e contribuições federais bateu recorde, com alta real de 6,59% na comparação com o mesmo período de 2012, totalizando, em termos nominais, R$ 116,066 bilhões.
“O resultado é explicado pela maior arrecadação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que tiveram um peso relevante”, disse Barreto.
De acordo com a Receita Federal, influenciaram o resultado de janeiro, entre outros fatores, o pagamento da primeira cota ou cota única do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) relativo à apuração do último trimestre do ano passado e a antecipação de pagamentos, em janeiro de 2013, do ajuste anual também desses tributos referente ao lucro obtido no ano anterior.
Na avaliação do secretário, a antecipação desses tributos não indica que as empresas aproveitaram a taxa básica de juros (Selic) baixa (7,5% ao ano) para fazer o recolhimento ante a possibilidade de elevação dessa mesma taxa pelo Banco Central (BC) para combater a inflação.
Os dois tributos, que têm relação com a lucratividade das empresas, tiveram participação na arrecadação administrada pela Receita em janeiro de 82,82%, com um aumento de 20,33% ante janeiro de 2012. Outro fator que influenciou a arrecadação no mês passado foi a do Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a do PIS-Pasep, com participação de 32,04% e aumento de 11,17% na mesma comparação.
Carlos Alberto Barreto lembrou que a arrecadação de Cofins/PIS-Pasep tem uma relação mais significante com a atividade econômica e traduz o crescimento do consumo, considerado por ele ainda “muito bom” .
Ele evitou fazer projeções com base na arrecadação de janeiro de 2013. “Ainda é cedo e precisamos aguardar os indicadores do governo e se serão revistas estimativas encaminhadas ao Congresso Nacional a partir desses indicadores para fazer uma co-relação com a atividade econômica de 2013, mas traduz, sim, um ganho na lucratividade de alguns setores relativamente ao ano-calendário de 2012”, destacou.
Outro fator foi o desempenho dos principais indicadores macroeconômicos, entre eles, o crescimento das vendas de bens e serviços (5%), o crescimento da massa salarial (11,88%) e o valor em dólar das exportações (9,46%). Por outro lado, houve queda na produção industrial de 3,55%.