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Raquel Dodge diz ter se preparado para assumir PGR

A subprocuradora será sabatinada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no próximo dia 12

Raquel Dodge: ela foi a segunda mais votada na lista, atrás do vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino (Antonio Cruz/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de julho de 2017 às 19h47.

Última atualização em 5 de julho de 2017 às 19h04.

Brasília - Indicada pelo presidente Michel Temer para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR), a subprocuradora Raquel Dodge enviou mensagem aos senadores na qual afirma ter se "preparado ao longo de toda a sua carreira" para assumir o cargo.

A subprocuradora será sabatinada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa no próximo dia 12.

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No texto, Raquel faz uma apresentação da sua experiência no Ministério Público Federal, com destaque para a atuação na área criminal.

"Após quase 30 anos de atuação no Ministério Público Federal, estive sob a observação cotidiana dos que integram a instituição, assim como de membros do Poder Judiciário e da sociedade civil, desempenhando diversas funções constitucionais próprias do Ministério Público, tanto na defesa de direitos humanos como na área criminal", afirma Raquel na mensagem.

A subprocuradora também rebate questionamentos sobre a sua escolha ao citar a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

"Invoco o testemunho dos Procuradores da República que elegeram-me para integrar a lista tríplice como demonstração de que tenho preparo técnico e condição moral para assumir esta função", diz.

Raquel foi a segunda mais votada na lista, atrás do vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino, nome apoiado pelo atual PGR, Rodrigo Janot. Dentro do Ministério Público, Raquel é considerada uma opositora a Janot.

Aos senadores, a subprocuradora diz ter vasta experiência na área criminal, citando sua atuação junto ao Superior Tribunal de Justiça desde 2008.

Raquel ainda cita casos de destaque em que atuou, como a investigação contra o ex-deputado federal Hildebrando Paschoal, acusado de comandar um esquadrão da morte no Acre, e a Operação Caixa de Pandora, que levou à prisão o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.

O relator da indicação na CCJ será o senador Roberto Rocha (PSB-MA), que na semana passada já indicou um parecer favorável. A previsão é que ele apresente o texto na próxima quarta-feira e a sabatina ocorra no dia 12. A votação no plenário pode acontecer no mesmo dia.

A oposição, no entanto, vai tentar adiar a sabatina. No entendimento de petistas, não há a necessidade de se votar já a indicação, uma vez que o mandato de Janot vai até setembro.

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