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Rands defende viabilidade de propostas de Marina

Segundo Rands, o custo anual de destinar 10% das receitas da União para a saúde é estimado pela equipe em R$ 38 bilhões


	Marina Silva discursa durante o lançamento do seu programa de governo, em São Paulo
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Marina Silva discursa durante o lançamento do seu programa de governo, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 20h38.

São Paulo - O coordenador de programa de governo da campanha de Marina Silva (PSB), Maurício Rands, defendeu nesta quinta-feira a viabilidade econômica de propostas da candidata à Presidência.

Segundo Rands, o custo anual de destinar 10% das receitas da União para a saúde é estimado pela equipe em R$ 38 bilhões e o custo de implementar o ensino médio integral, em R$ 23 bilhões.

"Sabemos que esse dinheiro existe sim no Orçamento", disse Rands em um debate on-line com internautas.

O ambientalista João Paulo Capobianco, que é um conselheiro próximo da campanha, também participou do debate e disse que, somente em subsídios, o governo federal deixou de recolher R$ 170 bilhões no ano passado.

"O recurso existe, o que é necessário é prioridade e compromisso", afirmou.

Rands concordou com Capobianco, ressalvando que desonerações são importantes, mas devem ser feitas com coerência em relação à política econômica e não "no balcão", como acusou ser feito no governo da petista Dilma Rousseff (PT).

Rands citou também o argumento que era usado por Eduardo Campos, de que a queda de um ponto na taxa básica de juros representa economia de R$ 25 bilhões para o governo, o que já pagaria a proposta de ensino médio integral.

"Com este exemplo, você vê o quão artificial é esse discurso que está sendo dito pelos conservadores de sempre", defendeu Rands. Segundo o coordenador, um governo de Marina Silva se comprometeria a recompor o tripé macroeconômico e, com responsabilidade, levar a taxa Selic a cair.

O principal ataque que vem sendo dirigido pelos adversários políticos à candidatura e Marina é de falta de capacidade de gestão e falta de compreensão dos custos de suas propostas.

No último debate presidencial, na primeira pergunta dirigida a Marina, Dilma questionou de onde a candidata pretendia tirar R$ 140 bilhões para financiar suas propostas.

Capobianco e Rands falaram hoje com internautas, por cerca de uma hora, respondendo a dúvidas com relação ao programa de governo.

Entre as pautas, foram abordadas propostas para saúde, educação, proteção à biodiversidade, segurança pública, mobilidade urbana, economia, entre outros.

Temas polêmicos, como as erratas ao programa e acusações de plágio que partiram tanto do PT como do PSDB, não foram mencionados.

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