Ramos e Salles anunciam as pazes e dizem estar juntos por Bolsonaro
Ministro do Meio Ambiente havia chamado Luiz Eduardo Ramos de "Maria Fofoca", após publicação na imprensa
Reuters
Publicado em 25 de outubro de 2020 às 19h33.
Última atualização em 25 de outubro de 2020 às 19h33.
Os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Ricardo Salles (Meio Ambiente) anunciarem que fizeram as pazes em publicações no Twitter neste domingo, depois de embate iniciado por Salles e encampado pela ala ideológica do governo, que teve como resposta apoio do centrão e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado a Ramos.
Em publicações na rede social, tanto Ramos quanto Salles disseram ter conversado, superado a divergência e afirmaram estarem juntos pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ramos, por sua vez, disse ter tido uma conversa apaziguadora com o colega de Esplanada.
"Uma boa conversa apazigua as diferenças. Intrigas não resolvem nada, muito menos quando envolvem questões relacionadas ao país. Eu e o @rsallesmma prosseguimos juntos em nome do nosso presidente @jairbolsonaro e em prol do Brasil", afirmou.
O embate começou no final da quinta-feira, quando Salles mencionou no Twitter uma nota do jornal O Globo que não citava Ramos e que afirmava que o titular do Meio Ambiente estava esticando a corda com a ala militar do governo. Na publicação, o ministro do Meio Ambiente afirmou que o chefe da Secretaria de Governo tinha uma postura de "Maria Fofoca".
Salles foi apoiado na sexta por parlamentares da ala ideológica do governo, entre eles o filho do presidente deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e, no sábado, reportagem do jornal Folha de S. Paulo afirmou que o núcleo ideológico pressionava o presidente para tirar Ramos do cargo.
No mesmo dia, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assim como lideranças do centrão, também foram ao Twitter elogiar Ramos e criticar Salles. Maia afirmou que Salles, além de, nas palavras dele, destruir o meio ambiente, estava tentando destruindo o governo.
Alcolumbre, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), usaram a mesma rede social para exaltar o papel de Ramos na articulação política do governo e na busca por formar uma base parlamentar de apoio a Bolsonaro.