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Rafael Greca (DEM) é reeleito prefeito de Curitiba

Se na última eleição Greca era considerado o candidato azarão, em 2020 ele chegou sem ter um oponente que levasse o pleito ao segundo turno

 (Facebook/Divulgação)

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GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 15 de novembro de 2020 às 19h47.

Última atualização em 15 de novembro de 2020 às 20h29.

Com 95% das urnas apuradas às 19h50, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), foi reeleito em primeiro turno para mais quatro anos de mandato neste domingo, 15, com 59,77% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou o deputado estadual Goura (PDT), com 13,26%, e em terceiro o deputado federal Fernando Francischini (PSL), que somou 6,26 dos votos.

Se na última eleição Greca, na época filiado ao nanico PMN, era considerado o candidato azarão e enfrentava o então prefeito Gustavo Freut (PDT), em 2020 ele chegou sem ter um oponente que levasse o pleito ao segundo turno.

Engenheiro e servidor de carreira do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, este é o terceiro mandato de Greca como prefeito da capital paranaense, sendo o primeiro entre 1993 e 1997, apoiado, na época, pelo antecessor Jaime Lerner. 

Já foi ministro de Esporte e Turismo no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2000. Também ocupou os cargos de vereador de Curitiba, deputado estadual e federal pelo Paraná. Chegou a disputar a prefeitura em 2012, pelo MDB, mas não conseguiu se eleger.

Sua gestão foi marcada pela retomada de grandes obras, como a construção da Linha Verde, via que corta a capital paranaense de norte a sul, e que se arrasta há mais de dez anos, sem ter sido concluída. Também levou o “Ligeirão” - ônibus biarticulado que trafega em vias exclusivas - para o eixo norte, reduzindo o tempo de deslocamento entre o Santa Cândida e a Praça do Japão.

Durante a obra, comprou briga com os moradores do bairro nobre da capital paranaense, o Batel, que alegavam um “corte” na praça para que o ônibus biarticulado fizesse o retorno. Mesmo sob protestos, concluiu a obra.

No enfrentamento à crise econômica, causada pela pandemia de covid-19, foi criticado por setores de lojistas por não ter apoiado com crédito e isenção de impostos. Segundo dados do Caged, em setembro a capital paranaense teve um saldo positivo de empregos, com a criação de 4.006. Mas no ano o saldo é negativo, com menos 12.936 empregos. 

No controle da doença, proporcionalmente, Curitiba tem a menor taxa de infecções de covid-19, se comparado com as vizinhas da Região Sul, Florianópolis e Porto Alegre. No último balanço, divulgado no sábado, 14, a capital paranaense tem 59.348 casos confirmados e 1.559 mortes causadas pelo coronavírus.

Se no começo da pandemia Curitiba tinha baixos números de casos e de mortes, no fim de junho viu a infecção se espalhar fazendo com que muitos hospitais chegassem a ficar com a ocupação em 100%, e o sistema quase entrando em colapso. Os aumentos coincidiram com a reabertura de comércio, shoppings, bares e restaurantes, feita no mês anterior.

Enquanto a capital paulista demorou mais para abrir o comércio e ficou por muito tempo com as mesmas medidas de segurança, Curitiba abriu e fechou várias vezes as lojas, bares e restaurantes para conter o avanço da doença.

Na época, a secretária da Saúde de Curitiba, Marcia Cecilia Huçulak, classificou essas medidas nas três capitais como “onda do Sul.”

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