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Racionamento de água pode chegar a Salvador

A chuva nas regiões da bacia do Recôncavo Norte, Camaçari, Mata de São João e Dias D'Ávila é insuficiente para abastecer os mananciais que atendem a capital

Seca: o período de estiagem, enfrentado por mais da metade dos municípios baianos, levanta a possibilidade de um racionamento, inclusive, na capital da Bahia, Salvador (Sabesp/Divulgação)
AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de abril de 2017 às 16h07.

A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) informou hoje (10) que 21 cidades do estado já "estão em regime preventivo de racionamento", como Vitória da Conquista, Morro do Chapéu, Jacobina e Seabra.

A medida foi tomada devido à diminuição do nível dos mananciais utilizados para o abastecimento dessas cidades, entre barragens, açudes, rios e poços.

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O período de estiagem, enfrentado por mais da metade dos municípios baianos, levanta a possibilidade de um racionamento, inclusive, na capital da Bahia, Salvador.

Em nota, a Embasa explicou que esses 21 municípios já estão recebendo menos água que o normal e, consequentemente, muitas casas já estão sem água na torneira em alguns dias da semana.

Por isso, a população destas cidades está racionando a água distribuída, instalando caixas d'água com capacidade menor e evitando o desperdício - como no uso para irrigação de jardins, lavagem de carros, calçadas e áreas externas.

Salvador

Na capital, a situação sinaliza a possibilidade do mesmo racionamento, pois a chuva nas regiões da bacia do Recôncavo Norte, Camaçari, Mata de São João e Dias D'Ávila está insuficiente para reabastecer os mananciais que atendem Salvador e a Região Metropolitana.

Segundo a Embasa, 60% do abastecimento da capital vem da barragem de Pedra do Cavalo, próxima ao município de Cachoeira.

A represa, no entanto, está operando com 62,88% da capacidade, devido à falta de chuvas no Recôncavo Baiano.

As barragens de Joanes I e II e Santa Helena são responsáveis pelo restante do abastecimento de Salvador.

Ambas ficam na região de Mata de São João e Dias D'Ávila.

Santa Helena está com pouco mais da metade de sua capacidade.

Entre as ações emergenciais que estão sendo tomadas para amenizar os problemas decorrentes da falta de chuva, a Embasa adquiriu equipamentos que fazem a reversão do lago de Santa Helena para o Rio Jacumirim - que abastece a barragem - e, consequentemente, aumenta o volume de água armazenada na barragem de Joanes II.

A medida custou R$ 2,5 milhões e conseguiu aumentar em 4 mil litros por segundo a vazão de água para o rio, de acordo com a companhia.

Além disso, 14 poços estão sendo perfurados em um área próxima a uma das estações de tratamento da água que abastece Salvador.

O custo das perfurações pode chegar a R$ 70 milhões e a expectativa da Embasa é de que a medida aumente em cerca de mil litros por segundo no volume de água disponível.

Fora as ações emergenciais que geram custos, o fornecimento de água para indústrias também foi reduzido.

Confira a lista completa de cidades que estão em regime preventivo de racionamento: Vitória da Conquista, Belo Campo, Queimadas, Santaluz, Senhor do Bonfim, Jacobina, Jaguarari, Caldeirão Grande, Andorinha, Itiúba, Ponto Novo, Filadélfia, Seabra, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Novo Horizonte, Bonito, Palmeiras, Tapiramutá, Entre Rios e Morro do Chapéu, além das localidades de Angico (distrito de Mairi), Umbuzeiro (distrito de Mundo Novo) e Altamira (distrito de Conde).

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