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Quem votou em Dilma e não está satisfeito com o 2º mandato

Com 62% de rejeição, até mesmo tradicionais redutos do PT agora viram as costas para a presidente Dilma Rousseff

Apoiador de Dilma Rousseff comemora a reeleição da petista em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 14h06.

São Paulo - A rejeição ao governo da presidente Dilma Rousseff já atinge até mesmo sua base de eleitores. Com menos de três meses cumpridos em seu segundo mandato, a reprovação da presidente já alcançou os 62%, segundo a pesquisa Datafolha divulgada ontem. Este é o maior índice desde o ex-presidente Fernando Collor, que atingiu 68% de desaprovação pouco antes de renunciar ao cargo.

Embora os maiores críticos ao governo continuam nos grupos que tradicionalmente têm uma elevada rejeição ao PT , pela primeira vez, o clima de insatisfação contaminou também a base eleitoral do partido - especialmente a parcela menos escolarizada e com menor renda.

Somada às revelações do escândalo de corrupção na Petrobras, à crise entre Planalto e Congresso, aos panelaços e protestos que levaram milhares de brasileiros às ruas no último domingo, a insatisfação com a economia derrubou a aprovação do governo petista até mesmo onde a presidente teve votação expressiva nas eleições do ano passado.

Mais pobres

Na pesquisa de intenção de votos feita pelo Datafolha nas vésperas do segundo turno da eleições de 2014, o maior eleitorado de Dilma se encontrava na parcela mais pobre da população. Entre os que ganhavam até 2 salários mínimos, 63% afirmavam que iriam votar na então candidata petista.

Hoje, a situação já é outra. Embora a presidente tenha maiores taxas de rejeição nas camadas mais ricas, já chega a 60% a quantidade de pessoas com renda de até 2 salários mínimos que consideram seu governo como ruim ou péssimo.

Nordestinos

Tradicionalmente um reduto seguro de votos aos petistas - Dilma não teve menos de 60% dos votos em nenhum estado da região ano passado -, o Nordeste parece também estar virando as costas para a presidente.

Se nas eleições, o PT bateu a candidatura de Aécio Neves com uma vantagem de 12 milhões de votos na região, hoje só 16% aprovam o governo e 55% o consideram ruim ou péssimo.

Menos escolarizados

Cenário parecido acontece quando se usa o recorte de escolaridade. Na última pesquisa de intenção de voto das eleições de 2014, 61% das pessoas que tinham estudado até o ensino fundamental declaravam o voto em Dilma Rousseff. Hoje, a rejeição desta parcela da população ao governo está quase no mesmo patamar, com 58%.

Chama atenção ainda que é esta parte da população que avaliou o governo com a pior nota possível. Para 32% dos entrevistados com ensino fundamental completo, o governo Dilma merece nota zero.

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São Paulo - A rejeição ao governo da presidente Dilma Rousseff já atinge até mesmo sua base de eleitores. Com menos de três meses cumpridos em seu segundo mandato, a reprovação da presidente já alcançou os 62%, segundo a pesquisa Datafolha divulgada ontem. Este é o maior índice desde o ex-presidente Fernando Collor, que atingiu 68% de desaprovação pouco antes de renunciar ao cargo.

Embora os maiores críticos ao governo continuam nos grupos que tradicionalmente têm uma elevada rejeição ao PT , pela primeira vez, o clima de insatisfação contaminou também a base eleitoral do partido - especialmente a parcela menos escolarizada e com menor renda.

Somada às revelações do escândalo de corrupção na Petrobras, à crise entre Planalto e Congresso, aos panelaços e protestos que levaram milhares de brasileiros às ruas no último domingo, a insatisfação com a economia derrubou a aprovação do governo petista até mesmo onde a presidente teve votação expressiva nas eleições do ano passado.

Mais pobres

Na pesquisa de intenção de votos feita pelo Datafolha nas vésperas do segundo turno da eleições de 2014, o maior eleitorado de Dilma se encontrava na parcela mais pobre da população. Entre os que ganhavam até 2 salários mínimos, 63% afirmavam que iriam votar na então candidata petista.

Hoje, a situação já é outra. Embora a presidente tenha maiores taxas de rejeição nas camadas mais ricas, já chega a 60% a quantidade de pessoas com renda de até 2 salários mínimos que consideram seu governo como ruim ou péssimo.

Nordestinos

Tradicionalmente um reduto seguro de votos aos petistas - Dilma não teve menos de 60% dos votos em nenhum estado da região ano passado -, o Nordeste parece também estar virando as costas para a presidente.

Se nas eleições, o PT bateu a candidatura de Aécio Neves com uma vantagem de 12 milhões de votos na região, hoje só 16% aprovam o governo e 55% o consideram ruim ou péssimo.

Menos escolarizados

Cenário parecido acontece quando se usa o recorte de escolaridade. Na última pesquisa de intenção de voto das eleições de 2014, 61% das pessoas que tinham estudado até o ensino fundamental declaravam o voto em Dilma Rousseff. Hoje, a rejeição desta parcela da população ao governo está quase no mesmo patamar, com 58%.

Chama atenção ainda que é esta parte da população que avaliou o governo com a pior nota possível. Para 32% dos entrevistados com ensino fundamental completo, o governo Dilma merece nota zero.

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