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Quem é Waldez Góes, novo ministro da Integração Nacional de Lula

Novo titular da pasta que controla a Codevasf já foi preso pela Polícia Federal em 2010 e posteriormente inocentado das acusações pelo STJ; o político é filiado ao PDT desde 1989, mas foi indicado na cota do União Brasil

Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional
 (Michel Jesus/Agência Câmara)

Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional (Michel Jesus/Agência Câmara)

AO

Agência O Globo

Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 15h34.

Última atualização em 29 de dezembro de 2022 às 15h55.

O atual governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), foi anunciado nesta quinta-feira como o novo ministro da Integração Nacional pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Ele comandará a pasta que controla a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que é conhecida como "estatal do Centrão" e foi o destino de boa parte dos repasses do chamado 'Orçamento Secreto'.

Góes, do PDT, ganhou uma vaga na Esplanada graças à articulação do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), de quem ele é aliado. Ele foi indicado na cota do União, sigla para a qual ele deve migrar.

O favorito da bancada do União Brasil para o ministério era o deputado Elmar Nascimento (União-BA), mas ele foi vetado pelo futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), e o senador Jaques Wagner (PT-BA). Aliado de primeira hora do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Elmar sempre foi visto como um opositor ferrenho do PT na Bahia.

Filiado ao PDT desde 1989, Góes está em seu quarto mandato como governador do Amapá. Ele concorreu a uma vaga ao Senado, em 2010, mas perdeu a disputa para Gilvam Borges (MDB) e Randolfe Rodrigues (Rede).

Um dos principais aliados de Lula, Randolfe é um dos maiores opositores de Góes no Amapá. Na montagem da Esplanada, o senador da Rede foi preterido e anunciado como líder do governo Lula no Congresso no próximo ano. Em desentendimentos passados, Randolfe já chamou Góes de "vergonha do PDT".

Em 2010, o governador chegou a ser preso pela Polícia Federal no âmbito da Operação Mãos Limpas, que apurava os crimes de peculato, fraude em licitação e associação criminosa. Em 2017, Góes foi inocentado de todas as acusações pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que rejeitou por falta de provas as ações penais propostas pelo Ministério Público Federal.

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