Quem é Chico Rodrigues, senador flagrado com dinheiro na cueca, alvo do Conselho de Ética
Político, que era do União Brasil, se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) em fevereiro deste ano
Agência de notícias
Publicado em 14 de junho de 2023 às 17h39.
O senador Chico Rodrigues (PSB-RO), alvo de uma representação no Conselho de Ética do Senado após ser flagrado pela Polícia Federal escondendo dinheiro nas nádegas, já transitou nos dois lados do espectro político. No passado apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro , o político atualmente é filiado ao PSB, partido que compõe a base do governo no Congresso.
Quem é Chico Rodrigues?
O político chegou a ser vice-líder do ex-presidente Jair Bolsonaro no Senado e chegou a ser elogiado pelo chefe do Executivo. Em vídeos divulgados nas redes sociais Bolsonaro afirma ter "quase uma união estável" com o político. Rodrigues também empregou em seu gabinete Leonardo Rodrigues, o Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente.
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Em 2020, Rodrigues foi flagrado com R$ 30 mil na cueca durante uma operação da PF em sua casa. A ação investigava o desvio de cerca de R$ 20 milhões em emendas parlamentares destinadas ao combate à Covid-19.
Mesmo após o episódio, o senador apadrinhou R$ 76,6 milhões em recursos do orçamento secreto, nos últimos dois anos da gestão de Bolsonaro. A verba foi destinada via emendas de relator para seu estado, Roraima.
À época, o parlamentar era filiado ao União Brasil. A troca de partido de Rodrigues aconteceu em fevereiro deste ano, no segundo mês do governo de Luiz Inácio Lula da Silvo. Desde então ele integra o Partido Socialista Brasileiro (PSB), que integra a base do atual presidente no Congresso. Os motivos da conversão do parlamentar ao ao socialismo, no entanto, não foram divulgados.
Em fevereiro deste ano, segundo nota do colunista Lauro Jardim, o Indígena de Roraima (CIR) enviou um ofício a Rodrigo Pacheco pedindo o afastamento do notório Chico Rodrigues da presidência da Comissão Temporária Externa criada no Senado para “acompanhar a situação dos Yanomâmi e a saída dos garimpeiros” do território indígena. A alegação da entidade que existe desde os anos 1970 é de que o senador possui conflito de interesses, já que "defende e incentiva o garimpo e a exploração de recursos naturais em terras indígenas em Roraima e em outros estados da Amazônia, como nas TIs Kayapó e Munduruku, no Pará".