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Quem ameaça parlamentar está cometendo crime contra democracia, diz Mourão

O vice-presidente disse que aguarda o detalhamento das ameaças que fizeram o ex-deputado federal Jean Wyllys abandonar o cargo e deixar o país

Mourão: "Os parlamentares estão ali eleitos pelo voto, representam os cidadãos que votaram neles", disse o vice-presidente (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mourão: "Os parlamentares estão ali eleitos pelo voto, representam os cidadãos que votaram neles", disse o vice-presidente (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 13h06.

Última atualização em 25 de janeiro de 2019 às 13h12.

Brasília - O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, declarou que é preciso aguardar um detalhamento sobre as ameaças relatadas pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) que o motivaram a desistir de assumir um novo mandato na Câmara e a deixar o País.

"Quando a gente diz que está ameaçado, tem que dizer por quem, como. Vamos aguardar", declarou o vice, após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. "Não estou na chuteira do Jean Wyllys, ele é que sabe qual é o grau de confusão que ele está metido", afirmou Mourão, ao ser perguntado se a decisão do parlamentar estava correta.

Mourão reforçou que quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a democracia. "Uma das coisas que é mais importante é você ter sua opinião e ter a liberdade para expressar sua opinião, os parlamentares estão ali eleitos pelo voto, representam os cidadãos que votaram neles. Quer você goste, quer você não goste das ideias do cara, você ouve. Se gostou, bate palma, se não gostou, paciência."

Além disso, o vice-presidente afastou a possibilidade de relacionar à decisão do deputado com a investigação sobre o atentado contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral.

Nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro impulsionam a expressão #InvestigarJeanWillis, insinuando que o deputado do PSOL estaria "fugindo" de uma investigação por fazer parte do partido ao qual Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado, já foi filiado. "Em nenhum momento apareceu alguma coisa que ligasse um com outro. Acho que isso aí é o wishful thinking, desejo que algo aconteça."

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