Quem ainda está em greve e o que esperar para o semestre
A greve acabou para quase todo mundo, mas agentes da Polícia Federal, auditores da Receita e servidores do Incra e das agências prometem ainda fazer barulho
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2012 às 16h07.
São Paulo – Apesar de encerradas as negociações com o governo – que já entregou ao Congresso sua proposta de orçamento para o ano que vem – algumas categorias não quiseram aceitar o aumento de 15,8% e permanecem em greve ou operação padrão com planos já traçados para o próximo semestre.
Segundo o Ministério do Planejamento, 7% do total de servidores ficaram sem nenhum acréscimo no holerite a partir de 2013. São categorias que ainda podem dar trabalho para o Executivo e causar um ou outro transtorno para a população.
Confira abaixo quem continua parado e o que pretende, agora que não há mais chance de negociação com o governo de Dilma Rousseff . Além dos listados, os servidores do DNIT continuam em greve, segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
Agentes da Polícia Federal
Atividades prejudicadas: investigações da PF.
Planos a partir de agora: como foram proibidos pelo Superior Tribunal de Justiça de realizar operações padrão, planejam realizar o trabalho com várias restrições nos próximos quatro meses. Eles reclamam que realizam atividades complexas de nível superior – o que é reconhecido pelo Ministério do Planejamento – mas recebem como cargo de nível médio. Assim, deverão se recusar – legalmente, defendem – a analisar documentos e escutas, se restringindo, por exemplo, a dirigir viaturas e fazer serviços de plantão, que seriam apropriadas ao nível médio. Atos públicos também estão planejados.
O que querem: reconhecimento como categoria de nível superior, o que iria também elevar os salários.
Servidores das Agências Reguladoras (desde 16 de julho)
Atividades prejudicadas: nenhuma, pois recomeçam a trabalhar na próxima semana.
Planos a partir de agora: querem pressionar o relator do Orçamento no Congresso para conseguir os reajustes pedidos. Não deve haver mais greves este ano, mas operações padrão poderão voltar no início de 2013 se não houver acordo no Legislativo.
O que querem: aumento salarial, criação de carreira única unindo especialista e analista e equiparação entre servidores da área administrativa e de regulação.
Servidores do Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (desde 18 de junho)
Atividades prejudicadas: assentamento de famílias e regularização de imóveis rurais.
Planos a partir de agora: assembleia na segunda-feira (03/09) decidirá os rumos, mas é quase certo que continuem por tempo indeterminado com paralisações uma vez por semana para pressionar o governo.
O que querem: reajuste maior que o oferecido pelo governo e contratação de mais dois mil servidores para o Incra e mil para o MDA.
Auditores da Receita Federal (desde 18 de junho)
Atividades prejudicadas: entrada e saída de mercadorias de portos, aeroportos e fronteiras, além da arrecadação do governo relacionada a impostos e multas
Planos a partir de agora: vão continuar em operação padrão por tempo indeterminado em portos e aeroportos, fiscalizando todas as mercadorias (o normal é checar por amostragem). Nesta terça (04/09), haverá assembleia para decidir se farão a Operação Crédito Zero entre os dias 10 e 12 de setembro, com paralisação nas atividades administrativas, o que prejudica a arrecadação do governo.
O que querem: aumento salarial, recomposição dos quadros e adicional para zonas de fronteira,
Professores universitários (desde 17 de maio)
Atividades prejudicadas: as aulas estão paradas há mais de 100 dias.
Planos a partir de agora: até este domingo (02/09), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) deliberará se a greve continua ou não. Das 59 universidades federais, 52 ainda estão com as atividades paralisadas, além de vários institutos federais. Mas não há previsão de mudança no movimento além da greve, se esta continuar.
O que querem: reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho, com concurso público.
Atualizada às 15:50 para incluir os professores das universidades federais.
São Paulo – Apesar de encerradas as negociações com o governo – que já entregou ao Congresso sua proposta de orçamento para o ano que vem – algumas categorias não quiseram aceitar o aumento de 15,8% e permanecem em greve ou operação padrão com planos já traçados para o próximo semestre.
Segundo o Ministério do Planejamento, 7% do total de servidores ficaram sem nenhum acréscimo no holerite a partir de 2013. São categorias que ainda podem dar trabalho para o Executivo e causar um ou outro transtorno para a população.
Confira abaixo quem continua parado e o que pretende, agora que não há mais chance de negociação com o governo de Dilma Rousseff . Além dos listados, os servidores do DNIT continuam em greve, segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
Agentes da Polícia Federal
Atividades prejudicadas: investigações da PF.
Planos a partir de agora: como foram proibidos pelo Superior Tribunal de Justiça de realizar operações padrão, planejam realizar o trabalho com várias restrições nos próximos quatro meses. Eles reclamam que realizam atividades complexas de nível superior – o que é reconhecido pelo Ministério do Planejamento – mas recebem como cargo de nível médio. Assim, deverão se recusar – legalmente, defendem – a analisar documentos e escutas, se restringindo, por exemplo, a dirigir viaturas e fazer serviços de plantão, que seriam apropriadas ao nível médio. Atos públicos também estão planejados.
O que querem: reconhecimento como categoria de nível superior, o que iria também elevar os salários.
Servidores das Agências Reguladoras (desde 16 de julho)
Atividades prejudicadas: nenhuma, pois recomeçam a trabalhar na próxima semana.
Planos a partir de agora: querem pressionar o relator do Orçamento no Congresso para conseguir os reajustes pedidos. Não deve haver mais greves este ano, mas operações padrão poderão voltar no início de 2013 se não houver acordo no Legislativo.
O que querem: aumento salarial, criação de carreira única unindo especialista e analista e equiparação entre servidores da área administrativa e de regulação.
Servidores do Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (desde 18 de junho)
Atividades prejudicadas: assentamento de famílias e regularização de imóveis rurais.
Planos a partir de agora: assembleia na segunda-feira (03/09) decidirá os rumos, mas é quase certo que continuem por tempo indeterminado com paralisações uma vez por semana para pressionar o governo.
O que querem: reajuste maior que o oferecido pelo governo e contratação de mais dois mil servidores para o Incra e mil para o MDA.
Auditores da Receita Federal (desde 18 de junho)
Atividades prejudicadas: entrada e saída de mercadorias de portos, aeroportos e fronteiras, além da arrecadação do governo relacionada a impostos e multas
Planos a partir de agora: vão continuar em operação padrão por tempo indeterminado em portos e aeroportos, fiscalizando todas as mercadorias (o normal é checar por amostragem). Nesta terça (04/09), haverá assembleia para decidir se farão a Operação Crédito Zero entre os dias 10 e 12 de setembro, com paralisação nas atividades administrativas, o que prejudica a arrecadação do governo.
O que querem: aumento salarial, recomposição dos quadros e adicional para zonas de fronteira,
Professores universitários (desde 17 de maio)
Atividades prejudicadas: as aulas estão paradas há mais de 100 dias.
Planos a partir de agora: até este domingo (02/09), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) deliberará se a greve continua ou não. Das 59 universidades federais, 52 ainda estão com as atividades paralisadas, além de vários institutos federais. Mas não há previsão de mudança no movimento além da greve, se esta continuar.
O que querem: reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho, com concurso público.
Atualizada às 15:50 para incluir os professores das universidades federais.