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Queiroga diz que inclusão de novos grupos na vacinação atrapalha o PNI

Ministro participou de audiência da Comissão Temporária da covid-19 no Senado

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
 (Tony Winston/MS/Flickr)

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (Tony Winston/MS/Flickr)

AM

André Martins

Publicado em 26 de abril de 2021 às 12h08.

Última atualização em 26 de abril de 2021 às 12h29.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (26) que a inclusão de determinados grupos por decisão de estados e municípios no programa de vacinação contra a covid-19 tem atrapalhado o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. “Se nós respeitássemos o Programa Nacional de Imunizações conforme pactuado na [reunião] tripartite [ União, estados e municípios], ele seria melhor”.

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"É até um apelo que eu faço. Nós sabemos que, no afã de contribuir com a vacinação, às vezes, se pressiona para botar um grupo prioritário ou outro. Todos têm razão em querer ter a vacinação o mais rápido possível, mas, às vezes, isso atrapalha o nosso PNI. Então, fazer com que o PNI tenha as decisões pactuadas na tripartite mantidas e com que, nos municípios, nos mais de cinco mil municípios do Brasil, ele seja cumprido é um desafio para todos nós”, afirmou, durante audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado.

Brasil negocia compra de vacinas com fabricantes chineses

O governo federal negocia a compra de vacinas contra Covid-19 de fabricantes chineses, disse nesta segunda-feira o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante audiência na comissão que acompanha a pandemia de coronavírus no Senado.

"Há também negociações com outros fabricantes de vacinas da China que estão sendo encaminhadas e no momento que houver algo conclusivo, eu terei muita satisfação em passar para os senhores", disse Queiroga aos parlamentares, sem dar mais detalhes ou informar com quais fabricantes as negociações estão sendo feitas.

Atualmente, a maior parte da campanha de vacinação contra Covid-19 no Brasil está sendo feita com a CoronaVac, vacina do laboratório chinês Sinovac, que está sendo envasada no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo.

Doses distribuídas e aplicadas

Queiroga criticou a polêmica entre doses distribuídas e as efetivamente aplicadas no país. Segundo o ministro, o vacinômetro do Ministério da Saúde aponta mais de 57 milhões de doses distribuídas e cerca de 37 milhões de doses aplicadas. Sobre a diferença de 20 milhões de doses, o ministro explicou que algumas são reservadas para segunda dose e estão guardadas. Disse ainda que outras não chegaram aos municípios, porque “há um retardo, um delay de cerca de 10 dias para que essas doses, uma vez entregues, sejam distribuídas para os municípios.

“O fato é que essa disparidade entre doses distribuídas e doses aplicadas tem gerado muita polêmica, muita polêmica em rede social, e tudo o que nós não precisamos neste momento é polêmica. Nós precisamos passar uma mensagem harmônica para a nossa sociedade”, ressaltou.

Óbitos

Sobre o Brasil já ter atingido este ano mais registro de óbitos pela covid-19 na comparação com todo o ano de 2020, o ministro da Saúde atribuiu ao fato da variante P1 do vírus, a de Manaus, ser mais contagiosa e também estar associada a uma maior letalidade. E defendeu a vacinação, aliada a outras medidas que considera fundamentais. “É claro que não é só a vacinação. Tenho, desde o primeiro dia em que assumi o cargo, reiterado a importância das chamadas medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras e o distanciamento social”, disse.

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