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Queiroga defende que planos de saúde arquem com custos de vacinas

O ministro disse que a medida ainda depende de análise da agência reguladora do setor, a quem cabe decidir se determina que os planos de saúde incluam o imunizante contra a covid no rol de cobertura

Vacina Astrazeneca; vacinação contra o Covid-19 em São Paulo Capital SP- 29/06/2021; foto: Eduardo Frazão (Eduardo Frazão/Exame)
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Reuters

Publicado em 5 de julho de 2021 às 17h06.

Última atualização em 5 de julho de 2021 às 17h14.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga , defendeu nesta segunda-feira que os planos de saúde arquem com os custos de vacinas a seus clientes, após a pasta pedir que a Agência Nacional de Saúde Suplementar ( ANS ) inclua o imunizante contra a covid-19 na cobertura dos planos privados.

"Quem não tem plano de saúde tem acesso pelo Programa Nacional de Imunização", disse Queiroga a jornalistas.

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"Se houver um cenário em que as vacinas podem ser adquiridas pela iniciativa privada, aí eles [ clientes ] vão ao plano. No momento atual, é impossível se ter vacina pela iniciativa privada, então os beneficiários da saúde suplementar podem tomar a vacina no PNI como todos os brasileiros, e as operadoras vão ressarcir ao sistema público de saúde", acrescentou.

O ministro disse que a medida ainda depende de análise da agência reguladora do setor, a quem cabe decidir se determina que os planos de saúde incluam o imunizante contra a covid no rol de cobertura.

"Primeiro é necessário que a agência [ ANS ] aprove. Se a agência não aprovar, esse assunto deixa de existir", afirmou

Mais cedo, Queiroga participou da reunião do Conselho de Saúde Suplementar e, na entrevista no início da tarde, o ministro reclamou que há recursos que as operadoras privadas deveriam repassar ao SUS como ressarcimento de despesas, o que não acontece.

"Quarenta e oito milhões de brasileiros custeiam plano de saúde. E custeiam por um motivo simples: ter assistência em saúde. Isso abrange desde a atenção primária até a atenção especializada em saúde e políticas de vacinação constam da questão da atenção primária", disse o ministro.

"Uma vez aprovada [ a inclusão pela ANS ], se as operadoras de saúde ainda não conseguem adquirir essas vacinas, elas podem ser aplicadas no Programa Nacional de Imunização, e aí as operadores vão ressarcir ao SUS como já acontece. Aliás, não acontece, porque tem mais de 5 bilhões de recursos que não foram ressarcidos ao SUS, e vocês sabem da dificuldade de financiamento do SUS", disse o ministro.

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