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Que ele siga as recomendações da medicina, diz Doria sobre Bolsonaro

Desde o início da crise, governador e presidente trocaram diversas farpas sobre a condução da pandemia

Doria: governador de SP vinha cobrando que o presidente agisse seguindo recomendações dos cientistas para o controle da pandemia e Bolsonaro vinha criticando o isolamento social (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

Doria: governador de SP vinha cobrando que o presidente agisse seguindo recomendações dos cientistas para o controle da pandemia e Bolsonaro vinha criticando o isolamento social (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de julho de 2020 às 15h13.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), publicou uma mensagem em sua conta no Twitter em que deseja "pronta recuperação" ao presidente Jair Bolsonaro e pede "que ele siga as orientações da medicina" para que "em breve, seja restabelecido". A mensagem foi publicada pouco após Bolsonaro chamar alguns veículos de imprensa para informar que havia recebido diagnóstico positivo para a covid-19.

Desde o início da crise, governador e presidente trocaram diversas farpas sobre a condução da pandemia. Doria vinha cobrando que o presidente agisse seguindo recomendações dos cientistas para o controle da pandemia e Bolsonaro vinha criticando o isolamento social defendido pelo governador paulista. Ainda em março, eles tiveram uma discussão pública, via teleconferência, quando houve uma reunião para discutir a pandemia.

Os gestores do Centro de Contingência da Coronavírus em São Paulo também comentaram a confirmação do teste do presidente, durante entrevista coletiva realizada nesta tarde, no Palácio dos Bandeirantes, para o balaço diário da evolução da doença.

"Que possa o mais rápido possível se recuperar e voltar a exercer as suas atividades novamente", disse o médico João Gabbardo, que era da equipe do ex-ministro da Saúde Luiz Mandetta, que deixou o cargo após atritos com o presidente.

Já o coordenador do Centro de Contingências, o epidemiologista Paulo Menezes, comentou a nova defesa à cloroquina feita pelo presidente. "Nós colocamos diversas vezes que não há evidências de efetividade do uso da cloroquina, especialmente em casos de covid-19 mais leves. No entanto, a Secretaria de Saúde e o Estado de São Paulo têm se posicionado de que é possível a prescrição da cloroquina a critério do médico e do paciente. Pode ser uma escolha essa prescrição e nós mantemos essa posição", disse.

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