Quatro corpos são retirados de escombros no Rio
Seis pessoas foram resgatadas com ferimentos e levadas a dois hospitais da cidade, informou a Secretaria Municipal de Assistência Social
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 11h40.
Rio de Janeiro - Equipes de resgate retiraram quatro corpos sob os escombros dos três prédios antigos que desabaram no centro do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira, e os bombeiros seguiam em busca de até 17 desaparecidos, informaram autoridades nesta quinta-feira.
Seis pessoas foram resgatadas com ferimentos e levadas a dois hospitais da cidade, informou a Secretaria Municipal de Assistência Social, que presta atendimento aos familiares das vítimas da tragédia.
"Continuamos buscando (sobreviventes), a gente sempre trabalha com esta esperança", disse por telefone o capitão do Corpo de Bombeiros Fabio Taranto, que participa da operação. Entre os mortos estão três homens e uma mulher.
Em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff prestou solidariedade às vítimas do desastre e cancelou uma viagem ao Rio de Janeiro agendada para sexta-feira, na qual participaria de uma cerimônia ao lado do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes.
"(Eu queria me) solidarizar (com) a população do Rio de Janeiro, principalmente com as famílias daquelas pessoas que foram atingidas por essa catástrofe que foi a derrubada do edifício e depois os outros dois", afirmou a presidente durante evento.
Os desabamentos ocorreram pouco antes das 20h30 de quarta-feira, horário de baixa circulação de pessoas no centro do Rio e de menor movimento nos prédios comerciais. Testemunhas disseram que o expediente já estava encerrado na grande maioria das empresas em funcionamento nos edifícios.
Máquinas retro-escavadeiras, cães farejadores e equipamentos hidráulicos ajudam os bombeiros na operação de busca e salvamento.
Os edifícios, que tinham 20, 10 e 4 andares, estavam localizados na rua 13 de Maio, ao lado do Theatro Municipal, um dos prédios históricos mais famosos da cidade e que foi restaurado recentemente. No térreo de um dos edifícios funcionava uma agência bancária.
As causas do acidente ainda estavam sendo apuradas, mas o edifício mais alto, que teria derrubado os outros dois ao desmoronar, passava por obras em dois andares sem registro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).
"O 3o e 9o andares estavam com obras sem registro no Crea, não sabemos se estavam sendo feitas por um pedreiro leigo ou se tinha algum engenheiro civil", disse à Reuters o presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio (Crea-RJ), Luiz Antonio Cosenza.
O prefeito Eduardo Paes, que esteve no local durante à noite, falou na possibilidade de dano causado à estrutura do prédio, tese considerada a mais provável por especialistas ouvidos pela Reuters.
Testemunhas disseram que foi possível ouvir estalos nos edifícios antes do desabamento. Em seguida, rebocos começaram a cair na rua e depois os prédios vieram a baixo. Houve pânico, correria e desespero.
Uma densa nuvem de poeira cobriu a região. Carros que estavam estacionados e pedestres ficaram cobertos de poeira e escombros.
"Parecia um terremoto. Primeiro caíram blocos de concreto do prédio. Começaram a cair vários e as pessoas começaram a correr. Depois caiu tudo de um vez", disse a jornalistas uma testemunha que se identificou apenas como Gilberto e que afirmou ter visto o desabamento.
Interdições
Ruas e avenidas perto do local foram interditadas e não há prazo para serem reabertas. Prédios próximos também foram isolados e interditados pela Defesa Civil por precaução.
Uma esquema especial de trânsito foi montado de madrugada para evitar maiores problemas no centro do Rio nesta quinta-feira. "Pedimos à população que não venha de carro para o centro do Rio nesta quinta-feira", disse a presidente da CET-Rio, Cláudia Secin.
Em outubro do ano passado, três pessoas morreram e 17 ficaram feridas após uma explosão provocada por vazamento de gás num restaurante na movimentada área da Praça Tiradentes, também no centro do Rio.
A explosão aconteceu por volta das 7h30 da manhã, enquanto o local ainda estava fechado para o público. Os mortos foram dois funcionários e uma pessoa que passava na rua no momento da explosão.
O desabamento de um outro prédio no centro do Rio, em 2002, matou duas pessoas que estavam hospedadas num hotel que funcionava no local. Autoridades disseram na época que o incidente foi provocado por uma demolição inadequada durante uma obra feita no térreo do edifício de cinco andares, onde funcionava um restaurante.
Em 1998, o edifício Palace 2, na Barra da Tijuca, desabou parcialmente causando a morte de oito pessoas. O edifício, que era novo e depois foi implodido, havia sido erguido pela construtora Sersan, do ex-deputado Sérgio Naya, e autoridades afirmaram que o desabamento ocorreu devido a uma má execução da obra -um erro estrutural de cálculo nas vigas de sustentação.
O Rio, que vai sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, está passando por uma série de reformas em diferentes pontos da cidade para preparar sua infraestrutura para os grandes eventos.
No entanto, problemas no transporte público, falta de energia, entre outros serviços, são recorrentes no dia a dia da cidade.
Rio de Janeiro - Equipes de resgate retiraram quatro corpos sob os escombros dos três prédios antigos que desabaram no centro do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira, e os bombeiros seguiam em busca de até 17 desaparecidos, informaram autoridades nesta quinta-feira.
Seis pessoas foram resgatadas com ferimentos e levadas a dois hospitais da cidade, informou a Secretaria Municipal de Assistência Social, que presta atendimento aos familiares das vítimas da tragédia.
"Continuamos buscando (sobreviventes), a gente sempre trabalha com esta esperança", disse por telefone o capitão do Corpo de Bombeiros Fabio Taranto, que participa da operação. Entre os mortos estão três homens e uma mulher.
Em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff prestou solidariedade às vítimas do desastre e cancelou uma viagem ao Rio de Janeiro agendada para sexta-feira, na qual participaria de uma cerimônia ao lado do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes.
"(Eu queria me) solidarizar (com) a população do Rio de Janeiro, principalmente com as famílias daquelas pessoas que foram atingidas por essa catástrofe que foi a derrubada do edifício e depois os outros dois", afirmou a presidente durante evento.
Os desabamentos ocorreram pouco antes das 20h30 de quarta-feira, horário de baixa circulação de pessoas no centro do Rio e de menor movimento nos prédios comerciais. Testemunhas disseram que o expediente já estava encerrado na grande maioria das empresas em funcionamento nos edifícios.
Máquinas retro-escavadeiras, cães farejadores e equipamentos hidráulicos ajudam os bombeiros na operação de busca e salvamento.
Os edifícios, que tinham 20, 10 e 4 andares, estavam localizados na rua 13 de Maio, ao lado do Theatro Municipal, um dos prédios históricos mais famosos da cidade e que foi restaurado recentemente. No térreo de um dos edifícios funcionava uma agência bancária.
As causas do acidente ainda estavam sendo apuradas, mas o edifício mais alto, que teria derrubado os outros dois ao desmoronar, passava por obras em dois andares sem registro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).
"O 3o e 9o andares estavam com obras sem registro no Crea, não sabemos se estavam sendo feitas por um pedreiro leigo ou se tinha algum engenheiro civil", disse à Reuters o presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio (Crea-RJ), Luiz Antonio Cosenza.
O prefeito Eduardo Paes, que esteve no local durante à noite, falou na possibilidade de dano causado à estrutura do prédio, tese considerada a mais provável por especialistas ouvidos pela Reuters.
Testemunhas disseram que foi possível ouvir estalos nos edifícios antes do desabamento. Em seguida, rebocos começaram a cair na rua e depois os prédios vieram a baixo. Houve pânico, correria e desespero.
Uma densa nuvem de poeira cobriu a região. Carros que estavam estacionados e pedestres ficaram cobertos de poeira e escombros.
"Parecia um terremoto. Primeiro caíram blocos de concreto do prédio. Começaram a cair vários e as pessoas começaram a correr. Depois caiu tudo de um vez", disse a jornalistas uma testemunha que se identificou apenas como Gilberto e que afirmou ter visto o desabamento.
Interdições
Ruas e avenidas perto do local foram interditadas e não há prazo para serem reabertas. Prédios próximos também foram isolados e interditados pela Defesa Civil por precaução.
Uma esquema especial de trânsito foi montado de madrugada para evitar maiores problemas no centro do Rio nesta quinta-feira. "Pedimos à população que não venha de carro para o centro do Rio nesta quinta-feira", disse a presidente da CET-Rio, Cláudia Secin.
Em outubro do ano passado, três pessoas morreram e 17 ficaram feridas após uma explosão provocada por vazamento de gás num restaurante na movimentada área da Praça Tiradentes, também no centro do Rio.
A explosão aconteceu por volta das 7h30 da manhã, enquanto o local ainda estava fechado para o público. Os mortos foram dois funcionários e uma pessoa que passava na rua no momento da explosão.
O desabamento de um outro prédio no centro do Rio, em 2002, matou duas pessoas que estavam hospedadas num hotel que funcionava no local. Autoridades disseram na época que o incidente foi provocado por uma demolição inadequada durante uma obra feita no térreo do edifício de cinco andares, onde funcionava um restaurante.
Em 1998, o edifício Palace 2, na Barra da Tijuca, desabou parcialmente causando a morte de oito pessoas. O edifício, que era novo e depois foi implodido, havia sido erguido pela construtora Sersan, do ex-deputado Sérgio Naya, e autoridades afirmaram que o desabamento ocorreu devido a uma má execução da obra -um erro estrutural de cálculo nas vigas de sustentação.
O Rio, que vai sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, está passando por uma série de reformas em diferentes pontos da cidade para preparar sua infraestrutura para os grandes eventos.
No entanto, problemas no transporte público, falta de energia, entre outros serviços, são recorrentes no dia a dia da cidade.