Brasil

Quase 540 mil pessoas ainda estão sem luz em São Paulo

Governos federal, estadual e municipal pressionam Enel por resposta mais rápida aos moradores

Temporal de sexta-feira, 11, em São Paulo, segue prejudicando a vida dos moradores da cidade. (Gabriela Sandoval/Divulgação)

Temporal de sexta-feira, 11, em São Paulo, segue prejudicando a vida dos moradores da cidade. (Gabriela Sandoval/Divulgação)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 14 de outubro de 2024 às 06h11.

Última atualização em 14 de outubro de 2024 às 06h49.

Após dois dias sem energia elétrica, cerca de 537 mil clientes da Enel em São Paulo continuam sem serviço, afetados pelo apagão que atingiu a região metropolitana na última sexta-feira, 11, após fortes chuvas na região. Segundo a concessionária, o fornecimento foi restabelecido para aproximadamente 1,3 milhão de consumidores dos 2,1 milhões inicialmente prejudicados pela queda de luz provocada pelo temporal.

O governo de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que cobrará do Ministério de Minas e Energia e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) um detalhamento das medidas adotadas para resolver a situação. O governo estadual informou ainda que a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) conduzirá uma investigação para apurar as responsabilidades pela demora no restabelecimento do serviço.

O Procon-SP também notificará a Enel para que a empresa explique a lentidão no retorno da energia, enquanto as reclamações se acumulam. Ao todo, 53 escolas foram afetadas pela falta de luz, com seis delas suspendendo as aulas. A Secretaria de Educação garantiu que o conteúdo pedagógico será reposto, de acordo com o cronograma das escolas.

Falta de água

A interrupção elétrica afetou também o abastecimento de água na Grande São Paulo. Segundo o governo estadual, diversos bairros da capital e municípios vizinhos enfrentam falhas no fornecimento de água, como Americanópolis, Vila do Encontro, Vila Clara e Ipiranga na capital; Jardim Atalaia em Cotia; Jordanésia e Parque São Roberto em Cajamar; e várias localidades de Mauá, incluindo o Parque São Vicente, Vila Santa Rosa e Jardim Guapituba. Além disso, a Sabesp relatou que São Roque e Araçariguama também foram afetados. Os moradores podem registrar ocorrências e solicitar atendimento pelo telefone 0800 0550195, WhatsApp (11) 3388-8000 ou pela Agência Virtual no site da Sabesp.

Pressão sobre a Enel e insatisfação

Em meio ao apagão, o governador Tarcísio e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) demonstraram insatisfação com a Enel, sugerindo a rescisão do contrato com a concessionária. Em nota, a Aneel declarou que está avaliando a possibilidade de retirar os direitos de concessão da empresa, caso o problema persista.

O Procon-SP também notificará a Enel para que a empresa explique a lentidão no retorno da energia, enquanto as reclamações se acumulam. Ao todo, 53 escolas foram afetadas pela falta de luz, com seis delas suspendendo as aulas. A Secretaria de Educação garantiu que o conteúdo pedagógico será reposto, de acordo com o cronograma das escolas.

Como falar com a Enel?

A Enel São Paulo orienta os clientes que estão sem energia que priorizem os canais digitais para abrirem chamados. São eles:

  • SMS: envie gratuitamente um SMS do seu celular para o número 27373 com a palavra LUZ e o número da instalação que está sem energia. Exemplo: LUZ 012345678
  • App Enel (disponível para iOS e Android)
  • WhatsApp Elena: (21) 99601-9608
Acompanhe tudo sobre:sao-pauloEstado de São PauloApagãoChuvasEnelEnergia elétricaSabesp

Mais de Brasil

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário

Veja os melhores horários para viajar no Natal em SP, segundo estimativas da Artesp

Acesso à coleta de esgoto cresce e chega a 69,9% dos domicílios em 2023, diz IBGE