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PT une-se a PSDB e DEM por vaga na mesa da Câmara

O blocão encabeçado pelo PT reúne, além do PSDB e do DEM, o PSD e o PP, somando 254 deputados

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília - Uma movimentação de última hora dos líderes partidários em busca de melhores posições na Mesa Diretora da Câmara juntou partidos opostos, o PT com o PSDB e o DEM, em um único bloco parlamentar e inflamou os ânimos e a disputa eleitoral na Casa. Os blocos parlamentares são considerados como um único partido para efeito de distribuição de cargos, tempo de discursos dos líderes no plenário e outras regras de funcionamento da Câmara.

O blocão encabeçado pelo PT reúne, além do PSDB e do DEM, o PSD e o PP, somando 254 deputados. "É uma mistura de jacaré com cobra d'água", classificou o vice-líder do DEM, Mendonça Filho (PE). Houve uma corrida no protocolo da Secretaria-Geral da Mesa no último minuto do prazo, às 12 horas, para a formalização dos blocos parlamentares, depois que se espalhou a informação de que pequenos partidos poderiam formar blocos para ter direito à representação na Mesa. Com isso, partidos maiores também se reuniram para garantir que não perderiam suas vagas.

As regras permitem que os blocos sejam desfeitos e a expectativa é que os líderes entrem em um acordo na reunião com o presidente da Câmara, às 15 horas. "Fizemos o bloco por precaução e defesa da nossa posição. Sem o bloco, nós perderíamos indicação na Mesa", argumentou Mendonça Filho. O PMDB, com 75 deputados e parceiro principal do PT na disputa, ficou sozinho porque não tinha recolhido as assinaturas necessárias preventivamente. O segundo bloco formado hoje conta com o PTB, o PV, o PPS e o PRB, em um total de 46 deputados.

Na prática, a formação dos blocos pouco mudou na distribuição dos cargos, mas expôs o real caráter da importância da linha partidária, quando o assunto é a defesa dos espaços na Câmara. O líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), protestou. "Juntou-se alho com bugalho, rasgou-se a palavra para quase nada. É um início de ano legislativo melancólico. São práticas como essa que desqualificam a política, que degeneram a política", afirmou.

Albuquerque lembrou que, em 2011, os líderes assinaram o compromisso de respeitar a proporcionalidade na distribuição dos cargos de acordo com o tamanho das bancadas com seus deputados eleitos. "Minha indignação é que a palavra não tem valor", afirmou. Com a corrida dos partidos, o PSB também tentou formar um bloco com o PCdoB, mas, por um minuto de atraso, a secretaria na Mesa não aceitou o documento.

O PR tentou mudar de bloco para um maior, mas a regra da Câmara não permite essa alteração. O PR já forma bloco com o PTdoB, PRP, PHS, PTC, PSL e PRTB, com 47 deputados.

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Brasília - Uma movimentação de última hora dos líderes partidários em busca de melhores posições na Mesa Diretora da Câmara juntou partidos opostos, o PT com o PSDB e o DEM, em um único bloco parlamentar e inflamou os ânimos e a disputa eleitoral na Casa. Os blocos parlamentares são considerados como um único partido para efeito de distribuição de cargos, tempo de discursos dos líderes no plenário e outras regras de funcionamento da Câmara.

O blocão encabeçado pelo PT reúne, além do PSDB e do DEM, o PSD e o PP, somando 254 deputados. "É uma mistura de jacaré com cobra d'água", classificou o vice-líder do DEM, Mendonça Filho (PE). Houve uma corrida no protocolo da Secretaria-Geral da Mesa no último minuto do prazo, às 12 horas, para a formalização dos blocos parlamentares, depois que se espalhou a informação de que pequenos partidos poderiam formar blocos para ter direito à representação na Mesa. Com isso, partidos maiores também se reuniram para garantir que não perderiam suas vagas.

As regras permitem que os blocos sejam desfeitos e a expectativa é que os líderes entrem em um acordo na reunião com o presidente da Câmara, às 15 horas. "Fizemos o bloco por precaução e defesa da nossa posição. Sem o bloco, nós perderíamos indicação na Mesa", argumentou Mendonça Filho. O PMDB, com 75 deputados e parceiro principal do PT na disputa, ficou sozinho porque não tinha recolhido as assinaturas necessárias preventivamente. O segundo bloco formado hoje conta com o PTB, o PV, o PPS e o PRB, em um total de 46 deputados.

Na prática, a formação dos blocos pouco mudou na distribuição dos cargos, mas expôs o real caráter da importância da linha partidária, quando o assunto é a defesa dos espaços na Câmara. O líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), protestou. "Juntou-se alho com bugalho, rasgou-se a palavra para quase nada. É um início de ano legislativo melancólico. São práticas como essa que desqualificam a política, que degeneram a política", afirmou.

Albuquerque lembrou que, em 2011, os líderes assinaram o compromisso de respeitar a proporcionalidade na distribuição dos cargos de acordo com o tamanho das bancadas com seus deputados eleitos. "Minha indignação é que a palavra não tem valor", afirmou. Com a corrida dos partidos, o PSB também tentou formar um bloco com o PCdoB, mas, por um minuto de atraso, a secretaria na Mesa não aceitou o documento.

O PR tentou mudar de bloco para um maior, mas a regra da Câmara não permite essa alteração. O PR já forma bloco com o PTdoB, PRP, PHS, PTC, PSL e PRTB, com 47 deputados.

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