Brasil

PT tenta manter aliança com PMDB no Maranhão

Partido decidiu que a chapa de candidatos aos governos estaduais somente poderá ser registrada após a aprovação da direção nacional


	Flávio Dino: sigla está rachada e uma ala considerável quer aderir à candidatura de Flávio Dino (PC do B) à sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB)
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Flávio Dino: sigla está rachada e uma ala considerável quer aderir à candidatura de Flávio Dino (PC do B) à sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB) (Marcello Casal Jr/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 21h21.

Brasília - A cúpula do PT aprovou nesta quarta-feira, 11, resolução sob medida para facilitar a manutenção da aliança com a família Sarney no Maranhão, nas eleições de 2014. Na tentativa de enquadrar os petistas que não querem apoiar o PMDB, o PT decidiu que a chapa de candidatos aos governos estaduais, com a definição sobre coligações, somente poderá ser registrada na Justiça Eleitoral após a aprovação da direção nacional do partido.

A resolução que passou pelo crivo do diretório petista diz que as alianças nos Estados devem ser construídas de forma a garantir a reeleição da presidente Dilma Rousseff, "respeitadas a autonomia e a disputa interna a respeito do processo de escolha das pré-candidaturas majoritárias".

O caso do Maranhão virou um problema para o comando do PT. A sigla está rachada e uma ala considerável quer aderir à candidatura de Flávio Dino (PC do B) à sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB). Pai de Roseana, o senador José Sarney (PMDB) não aceita o rompimento e põe o Maranhão na lista de prioridades na negociação do apoio a Dilma, em 2014. Para piorar, a eleição que escolheu o novo presidente do PT maranhense está sendo contestada, sob acusações mútuas de fraude.

Preocupado com o impasse, o comando do PT sustenta na resolução que "envidará todos os esforços" para evitar questionamento judicial de suas decisões políticas, "mantendo, dessa forma, o partido coeso e preparado para consolidar a vitória na eleição presidencial".

Na reunião desta quarta-feira, o diretório do PT também escolheu sua nova Executiva. Integrante da tendência "Mensagem ao Partido", o deputado Paulo Teixeira (SP), secretário-geral do PT, foi substituído pelo colega Geraldo Magela e protestou. "Somos a segunda força política e a chapa do presidente do PT, Rui Falcão, não respeitou a proporcionalidade. É um começo que não sinaliza para uma gestão coletiva no partido nem para mudanças internas de que o PT carece", disse Teixeira.

Falcão não comentou as críticas, mas afirmou que a proporcionalidade foi respeitada. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Américo Dias, será o secretário de Comunicação e a psicóloga Mônica Valente, mulher de Delúbio Soares - o ex-tesoureiro do PT, condenado no mensalão - assumirá a Secretaria de Relações Internacionais.

Acompanhe tudo sobre:MDB – Movimento Democrático BrasileiroPartidos políticosPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Censo: quilombolas têm taxa de analfabetismo quase três vezes maior do que a nacional

'Apagão cibernético' não afeta operações em aeroportos do Brasil, diz ministro

Apagão cibernético afeta bancos e laboratórios no Brasil; veja serviços prejudicados

Linha 4-Amarela opera com lentidão nesta sexta-feira, relatam usuários do metrô

Mais na Exame