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PT tem R$ 10 mi de dívida em aberto com INSS, diz Arthur Maia

A declaração foi em resposta ao deputado Chinaglia, que lembrou que o relator da previdência tinha uma dívida de R$ 150 mil com o INSS

Maia: o ataque de Chinaglia ocorreu após ele ter entendido que Maia criticou o PT (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Maia: o ataque de Chinaglia ocorreu após ele ter entendido que Maia criticou o PT (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de março de 2017 às 17h37.

Brasília - Em nova rodada de discussão entre os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Arthur Maia (SD-BA), o parlamentar baiano acusou o PT de ter uma dívida de R$ 10 milhões com a Previdência Social.

Ainda assim, segundo ele, o episódio em que Chinaglia chamou Maia de "caloteiro", e este rebateu com o termo "vagabundo", estaria "superado".

"Levantei aqui que o PT tem R$ 10 milhões de dívida em aberto com o INSS. Não só o PT, não, vários partidos, o PT entre eles", afirmou, durante audiência pública sobre a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Foi uma resposta a Chinaglia, que lembrou o fato de que uma empresa de Maia, relator da reforma da Previdência, tinha uma dívida de R$ 150 mil com o INSS.

"O senhor me deu uma oportunidade, agora que todos os holofotes da mídia estão voltados a mim", afirmou. Maia explicou que a dívida foi identificada quando um posto de gasolina de sua propriedade, em Barretos, iria ser fechado.

"Identificou-se a dívida de R$ 150 mil no INSS, fomos lá, parcelamos e já pagamos 80%. Minha empresa está adimplente com o INSS. Fico feliz que a única crítica a mim que o Brasil encontra é que a minha empresa tem um parcelamento com o INSS."

Apesar de ter citado a dívida do PT, o deputado disse que o episódio está totalmente superado. "O episódio está totalmente superado para mim", afirmou Maia.

O ataque de Chinaglia ocorreu após ele ter entendido que Maia criticou o PT, acusando o partido de envergonhar a política nacional.

O petista reviu as notas taquigráficas e percebeu que Maia usou o termo "desacreditar", que, na avaliação dele, seria um sinônimo de "envergonhar", disse ele após consultar o dicionário.

"Quando eu consegui falar (na audiência pública), já tinha decorrido um tempo. O senhor usou o termo desacreditar e analisou os governos Lula, Dilma, nossa eventual contradição (em relação ao posicionamento sobre a reforma da Previdência) e disse que essas práticas desacreditavam a política brasileira", afirmou Chinaglia.

"O que eu queria falar ao senhor é que, quando se generaliza e se fala 'deputados de tal partido', quero dizer, em nome deles: todos nós nos sentimos ofendidos."

Maia explicou que usou o termo "desacreditar" no sentido de contradição, e não no de envergonhar. "Não podemos cair na armadilha do improviso", afirmou.

"Isso não é absolutamente ofensa. Eu sei que foi uma infelicidade minha e de Vossa Excelência termos chegado ao ponto que chegamos."

O presidente da comissão, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), reiterou que a troca de insultos, classificada como "palavras mais ásperas" por ele, seria retirada das notas taquigráficas da sessão.

Após a fala do relator, a assessoria do deputado Arthur Maia divulgou um levantamento com o total devido, em dívidas previdenciárias, por diretórios do PT.

Os dados teriam sido levantados junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, do Ministério da Fazenda, por meio da internet.

O levantamento mostra apenas a primeira página de débitos tributários de partidos, com os 20 primeiros registros, de um total de 158, por ordem de grandeza. Seis deles são de diretórios do PT, que, juntos, teriam uma dívida de R$ 10,47 milhões.

A maior dívida, de R$ 7,58 milhões, é do "PT - Partido dos Trabalhadores Diretório Regional". Outro registro é do "Partido dos Trabalhadores", com dívida de R$ 1,362 milhão, seguido pelo "Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal", que deve R$ 897,22 mil.

Outros três diretórios petistas aparecem na lista, que também inclui diretórios do DEM, PSOL, PTB, PMDB, PSDB, PRB, PDT, PSB, PCdoB, PP e PV.

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