Brasil

PT promete fazer oposição firme a provável governo Temer

Apesar de mais uma derrota no STF, os governistas também prometem mais recursos junto à Corte


	Dilma e Temer: “Agora, é nos prepararmos para fazer uma oposição duríssima nos próximos dias, caso se confirme o resultado no Senado"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma e Temer: “Agora, é nos prepararmos para fazer uma oposição duríssima nos próximos dias, caso se confirme o resultado no Senado" (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2016 às 14h48.

Com a rejeição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, ao pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) para que fosse suspensa a validade da autorização concedida pela Câmara para a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, deputados governistas já fazem projeções sobre como atuarão na oposição, caso se confirmem o afastamento da presidente e o início do governo interino do vice-presidente Michel Temer.

Apesar de mais esta derrota no STF, os governistas prometem mais recursos junto à Corte.

“Eu lamento a decisão do ministro Teori, mas sabíamos que seria uma decisão difícil de ser diferente. Mas vamos analisar e recorrer novamente ao STF porque acreditamos haver espaço para revertermos essa situação. Nós sabemos ser justo o STF dar a liminar pedida pela AGU porque houve desvio de finalidade praticado por Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara]. Não existiria impeachment se ele não estivesse na presidência da Câmara”, disse hoje (11) o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), momentos após receber a notícia da decisão de Teori.

“Agora, é nos prepararmos para fazer uma oposição duríssima nos próximos dias, caso se confirme o resultado no Senado. Até porque nós não reconhecemos Temer como presidente. É um governo fruto de um golpe, e não vamos aceitar que ele tire direitos dos trabalhadores com esse pacote que está vindo para acabar com o legado de Lula, Ulisses Guimarães e Getúlio Vargas”, afirmou.

Oposição firme

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que, sendo aprovado o afastamento de Dilma, não restará ao PT outro caminho que não a oposição.

“Será uma oposição muito firme, que vai permanentemente denunciar o golpe que está sendo perpetrado contra a democracia no Brasil”, disse ele.

“Mas seremos uma oposição que não repetirá o que a atual oposição nos fez, com o PSDB e o DEM apostando no quanto pior melhor e patrocinando as chamadas pautas bombas para gerar desequilíbrio fiscal e orçamentário em nosso país, inclusive, se associando ao corporativismo mais atrasado, para criar dificuldades para o governo e para o Brasil”, acrescentou.

O senador Álvaro Dias (PV-PR) disse não ter se surpreendido com a decisão do STF.

“Esperávamos essa decisão porque não poderia ser outra. O STF tem sido correto, acautelando-se em relação à invasão de competências. Só se pronuncia quando convocado por saber que é prerrogativa do Senado o julgamento da presidente por crime de responsabilidade”, disse.

Segundo o senador paranaense, o STF tem respeitado todas questões e questionamentos.

“Portanto, está avalizando todos procedimentos como corretos, legais e legítimos. Se acioná-lo novamente, o governo continuará perdendo, É o que chamam no jargão futebolístico de tentar ganhar no tapetão.”

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffImpeachmentMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSenado

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho