Brasil

PT fará campanha contra abertura de pré-sal a multinacionais

O partido chama o projeto aprovado na última quarta-feira pelo Senado em acordo com o governo de "projeto Serra"


	PT: no texto apresentado à direção petista, o partido fala em "garantir apoio do governo" para a campanha
 (REUTERS/Pilar Olivares)

PT: no texto apresentado à direção petista, o partido fala em "garantir apoio do governo" para a campanha (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 18h15.

Rio - Em direção contrária à do governo Dilma Rousseff, o PT vai desencadear uma campanha nacional contra o projeto de lei aprovado nesta semana no Senado que retira da Petrobras a exclusividade na operação da exploração do pré-sal e desobriga a empresa de exercer o direito de 30% de participação em todos os poços perfurados.

Em um projeto de resolução política apresentado nesta sexta-feira, 26, ao Diretório Nacional do partido, o PT chama o projeto aprovado na última quarta-feira pelo Senado em acordo com o governo de "projeto Serra", em referência ao senador José Serra (PSDB-SP), autor da proposta original.

O texto contraria o discurso do governo que, para explicar a repentina mudança de postura em relação ao tema, tem dito que o projeto aprovado pelo Senado teve várias modificações em relação à proposta do tucano.

No texto apresentado à direção petista, o partido fala em "garantir apoio do governo" para a campanha.

"O PT convoca toda sua militância a se engajar numa ampla campanha em defesa da Petrobras, do regime de exploração de partilha e contra o projeto Serra que abre a exploração do pré-sal às empresas multinacionais", diz o texto.

Embora ex-integrantes da cúpula do PT sejam investigados pela Operação Lava Jato por participação em um bilionário esquema de corrupção na estatal, o partido afirma que, em seus governos, "construímos uma empresa forte, capacitada tecnologicamente e presente em todo território nacional".

Além disso o texto também defende as empresas envolvidas no escândalo, cujas atividades foram inviabilizadas pela Lava Jato.

"Temos que recuperar a Petrobras e a indústria naval e as empresas fornecedoras, restabelecer condições operacionais e creditícias dessas empresas abaladas pela Operação Lava Jato, que paralisou o setor".

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