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PT espera enfrentar Serra na disputa pela Prefeitura

Sucessão de Gilberto Kassab já atrai novos planos do Partido dos Trabalhadores paulistano, estimulado por Lula

"Se quiserem juntar o PSDB com o Kassab, o Serra terá de ser o candidato", avaliou o presidente nacional interino do PT, deputado estadual Rui Falcão (Gilberto Marques/Governo de SP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 19h57.

São Paulo - A sucessão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi um dos temas centrais da reunião de hoje entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e 32 prefeitos do PT no Estado de São Paulo. Para lideranças que participaram do encontro, o PT paulistano, embora ainda não tenha definido o nome de seu candidato, deve enfrentar o ex-governador José Serra (PSDB).

Na avaliação de petistas, a crise provocada com a saída de vereadores do PSDB demonstra a fragilização do partido em São Paulo e sinaliza que a candidatura de Serra seria a única a ter capacidade de negociar o apoio do recém recriado PSD, de Kassab, para uma candidatura única. "Se quiserem juntar o PSDB com o Kassab, o Serra terá de ser o candidato. É um desejo deles (tucanos), só não sei se é o que o Serra quer", avaliou o presidente nacional interino do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP).

De acordo com Falcão, o PT terá um candidato definido até o final deste ano, independente do nome do PSDB. "Nunca traçamos as nossas táticas a partir das outras candidaturas e sim das nossa forças", disse o deputado, referindo-se ao possíveis candidatos: os ministro Aloizio Mercadante e Fernando Haddad, a senadora Marta Suplicy e os deputados federais Gilmar Tatto e Carlos Zaratini.

O presidente estadual do PT, deputado estadual Edinho Silva (SP), disse que é importante que a legenda trabalhe para que haja um consenso - ou seja, para que a decisão sobre o candidato para disputa na capital paulista ocorra sem prévias. "Enquanto eu for o presidente estadual, vou trabalhar contra a prévia porque, para entrar numa disputa acirrada, o ideal é que o PT se unifique sem disputa interna", avaliou Edinho.

Caso Serra seja escolhido o candidato do PSDB, Edinho disse que o PT já tem sua tática. "Temos de mostrar o que o Serra fez como prefeito e como ministro e mostrar o nosso projeto, o que o Lula fez e o que a Dilma tem feito", afirmou, referindo-se ao trabalho do ex-presidente e da atual presidente Dilma Rousseff. Os petistas consideram o ex-governador um adversário "dificílimo" , mas acreditam que, se ele for o escolhido, a definição do PSDB ocorrerá num último momento. "Se o Serra for candidato, ele será no último minuto, como foi da vez anterior", afirmou Falcão, referindo-se à eleição presidencial de 2010.

Durante o encontro, os petistas debateram a criação do PSD por Kassab e concluíram que, embora ele tenha se aproximado do governo Dilma, é preciso avaliar seu comportamento nos próximos meses. "Daqui para frente, é observar o que o Kassab fará", afirmou Edinho. Quanto a aproximação de Kassab a tradicionais aliados do PT em São Paulo, como o PCdoB, Falcão procurou minimizar a recente parceria. "É uma aliança pontual que eu não creio que se mantenha para a eleição", ponderou.

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São Paulo - A sucessão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi um dos temas centrais da reunião de hoje entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e 32 prefeitos do PT no Estado de São Paulo. Para lideranças que participaram do encontro, o PT paulistano, embora ainda não tenha definido o nome de seu candidato, deve enfrentar o ex-governador José Serra (PSDB).

Na avaliação de petistas, a crise provocada com a saída de vereadores do PSDB demonstra a fragilização do partido em São Paulo e sinaliza que a candidatura de Serra seria a única a ter capacidade de negociar o apoio do recém recriado PSD, de Kassab, para uma candidatura única. "Se quiserem juntar o PSDB com o Kassab, o Serra terá de ser o candidato. É um desejo deles (tucanos), só não sei se é o que o Serra quer", avaliou o presidente nacional interino do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP).

De acordo com Falcão, o PT terá um candidato definido até o final deste ano, independente do nome do PSDB. "Nunca traçamos as nossas táticas a partir das outras candidaturas e sim das nossa forças", disse o deputado, referindo-se ao possíveis candidatos: os ministro Aloizio Mercadante e Fernando Haddad, a senadora Marta Suplicy e os deputados federais Gilmar Tatto e Carlos Zaratini.

O presidente estadual do PT, deputado estadual Edinho Silva (SP), disse que é importante que a legenda trabalhe para que haja um consenso - ou seja, para que a decisão sobre o candidato para disputa na capital paulista ocorra sem prévias. "Enquanto eu for o presidente estadual, vou trabalhar contra a prévia porque, para entrar numa disputa acirrada, o ideal é que o PT se unifique sem disputa interna", avaliou Edinho.

Caso Serra seja escolhido o candidato do PSDB, Edinho disse que o PT já tem sua tática. "Temos de mostrar o que o Serra fez como prefeito e como ministro e mostrar o nosso projeto, o que o Lula fez e o que a Dilma tem feito", afirmou, referindo-se ao trabalho do ex-presidente e da atual presidente Dilma Rousseff. Os petistas consideram o ex-governador um adversário "dificílimo" , mas acreditam que, se ele for o escolhido, a definição do PSDB ocorrerá num último momento. "Se o Serra for candidato, ele será no último minuto, como foi da vez anterior", afirmou Falcão, referindo-se à eleição presidencial de 2010.

Durante o encontro, os petistas debateram a criação do PSD por Kassab e concluíram que, embora ele tenha se aproximado do governo Dilma, é preciso avaliar seu comportamento nos próximos meses. "Daqui para frente, é observar o que o Kassab fará", afirmou Edinho. Quanto a aproximação de Kassab a tradicionais aliados do PT em São Paulo, como o PCdoB, Falcão procurou minimizar a recente parceria. "É uma aliança pontual que eu não creio que se mantenha para a eleição", ponderou.

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