Vista geral do Plenário da Câmara dos Deputados: o PT não deve disputar previamente a presidência ou a relatoria da comissão (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 15h45.
Brasília - O PT indicou nesta segunda-feira quatro deputados eleitos por São Paulo para ocuparem metade das oito vagas a que o partido tem direito na comissão especial da Câmara que analisará a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
A lista dos integrantes petistas da comissão, anunciada pelo líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), terá ainda o próprio Sibá e o líder do governo na Casa, José Guimarães (CE). Os quatro paulistas escolhidos são o ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia e os deputados Paulo Teixeira, José Mentor e Vicente Cândido.
Completarão a representação do PT na comissão o ex-líder do governo Henrique Fontana (RS) e Wadih Damous (RJ).
O líder do PT defendeu que não aconteça o recesso parlamentar para agilizar a apreciação do processo de impeachment. "O país precisa andar. Quem pensa sério, quer resolver esse assunto logo", disse Machado a jornalistas.
O PT não deve disputar previamente a presidência ou a relatoria da comissão que analisará o pedido de impeachment, mas, segundo Machado, vai trabalhar na negociação para se encontrar nomes de consenso.
"Achamos que esse tema pode ser um consenso das bancadas que fazem a base do governo", afirmou.
O pedido de abertura de processo de impeachment foi aceito na semana passada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que viu indícios de descumprimento da lei orçamentária.
Caberá à comissão especial, que obrigatoriamente tem de ter representantes de todos os partidos com assento na Câmara entre seus 65 membros, analisar se há cabimento para o impedimento de Dilma. O parecer da comissão especial precisará ser referendado pelo plenário da Câmara.
Se 342 deputados forem favoráveis ao impeachment, Dilma terá que se afastar da Presidência por 180 dias até que o Senado julgue o impedimento da presidente.