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PT convoca "batalha" contra "mentiras"

Partido quer uma "mobilização geral" da militância para vencer as eleições municipais


	Fernando Haddad, candidato do petista à Prefeitura de São Paulo: a nota do PT convoca filiados, simpatizantes, parlamentares e até governantes "para uma batalha do tamanho do Brasil" 
 (Divulgação/Facebook)

Fernando Haddad, candidato do petista à Prefeitura de São Paulo: a nota do PT convoca filiados, simpatizantes, parlamentares e até governantes "para uma batalha do tamanho do Brasil" (Divulgação/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 10h56.

São Paulo - Preocupada com o impacto do julgamento do mensalão nas campanhas eleitorais, a cúpula do PT decidiu na segunda-feira (17) convocar os militantes para uma "batalha do tamanho do Brasil" em defesa do partido, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do legado dos governos petistas. Depois de uma reunião que durou o dia todo, a Executiva Nacional do PT divulgou nota na qual afirma que a "mobilização geral" da militância é condição fundamental para desfazer "mentiras", reafirmar o projeto de poder do PT e vencer as eleições municipais.

O presidente do PT, Rui Falcão, saiu da reunião antes do almoço para encontrar Lula e só retornou três horas depois. O tom da nota divulgada pela direção do partido, no dia em que o Supremo Tribunal Federal começou a julgar o "núcleo político" do mensalão, passou pelo seu crivo. A presidente Dilma Rousseff também conversou por telefone com Lula, na segunda-feira (17) e no fim de semana.

Falcão não quis comentar o encontro, mas o jornal O Estado de S. Paulo apurou que Lula ficou muito irritado com notícia publicada na segunda-feira (17) na coluna do jornalista Ricardo Noblat, no jornal O Globo, informando que Marcos Valério, operador do mensalão, teria gravado um vídeo com denúncias capazes de "derrubar" seu governo, se ele estivesse no poder. Além disso, afirmações atribuídas a Marcos Valério pela revista Veja puxam Lula para o centro do escândalo como "chefe do mensalão".

Apesar de dizer, em conversas reservadas, que o PT e ele são vítimas de "golpe baixo" dos adversários, Lula prefere manter o silêncio, sob o argumento de que qualquer declaração pode interferir tanto no julgamento no Supremo como nas principais campanhas do partido. A ordem vale para dirigentes, deputados e senadores, orientados por advogados a não comentar publicamente o processo. Diante desse cenário, a estratégia definida na segunda-feira (17) foi a de conclamar os militantes do PT para entrar na guerra.

‘Mentiras’

"A mobilização geral de nossa força militante é a condição fundamental para nosso sucesso nos dias 7 e 28 de outubro. Pois é a militância consciente quem desfaz as mentiras, demarca o campo, afirma nosso projeto, reúne nossas bases e alianças, construindo vitórias não apenas eleitorais, mas também políticas", diz a nota aprovada pela Executiva do PT.

Fiel à estratégia de não esticar a polêmica, Falcão foi enigmático ao deixar a reunião. Questionado por jornalistas sobre a quais mentiras o PT se referia, o deputado desconversou. "São mentiras que costumam ocorrer nas campanhas eleitorais. Faltam três semanas para as eleições e estamos convocando a militância porque o PT sempre foi o partido da reta de chegada."


A nota do PT convoca filiados, simpatizantes, parlamentares e até governantes "para uma batalha do tamanho do Brasil" em bairros, escolas, empresas e nas redes sociais. "(...) Em cada cidade, pequena, média ou grande, trata-se de obter grandes votações, elegendo vereadores (...) e prefeitos. E fazendo a defesa de nosso partido, do ex-presidente Lula, de nossos mandatos e lideranças, bem como do legado dos nossos governos, que melhoraram as condições de vida e fortaleceram a dignidade do povo brasileiro", assinala o texto.

O PT fez questão de manifestar apoio às medidas anunciadas por Dilma na área econômica. "Estas medidas - entre as quais se destaca a redução da taxa de juros e das tarifas de energia elétrica - já se demonstraram essenciais para proteger o Brasil dos impactos da crise internacional, que continua se agravando", diz o documento. Na convocação aos militantes, o PT argumenta que a vitória nas eleições municipais "deve ser vista nesta mesma perspectiva", para fortalecer o projeto nacional petista.

Embora a direção do PT diga que a sigla está bem nas disputas em João Pessoa, Cuiabá, Goiânia e Rio Branco, o receio é que a série de reveses enfrentados pelo partido seja prejudicial às campanhas nas principais capitais do País. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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