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PT busca bandeira para voltar à oposição

Provável impeachment de Dilma Rousseff vai fazer o PT voltar à oposição após 13 anos no poder

Ativistas mostram apoio ao PT na Esplanada dos Ministérios: lideranças do partido buscam uma bandeira capaz de agregar resistência como oposição. (Andressa Anholete / AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2016 às 08h48.

São Paulo - Prestes a retomar o papel de oposição depois de 13 anos à frente do governo federal, o PT e os movimentos sociais e sindicais ligados ao partido escolheram o "Fora Temer" como slogan caso o Senado aprove nesta quarta-feira, 11, a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A decisão de desgastar o possível governo do vice-presidente, Michel Temer , porém, é considerada insuficiente, mais do mesmo, para manter as mobilizações e a disputa política.

O PT, movimentos aliados, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda estão em busca de uma bandeira propositiva, capaz de manter a unidade construída ao longo da resistência ao impeachment e, principalmente, impulsionar uma provável candidatura de Lula à Presidência em 2018.

Até a semana passada esta bandeira poderia ser a defesa de um plebiscito pela reforma política e a realização de novas eleições.

Dilma chegou a escalar ministros para sondar o PT e os movimentos. A resposta foi que não havia unidade e, se Dilma decidisse levar a proposta à frente, seria por sua própria conta.

"Esperamos que o governo Temer se inviabilize por ele mesmo. Enquanto isso, nestes três ou quatro meses até o julgamento do mérito pelo Senado, vamos decidir o que fazer", disse João Paulo Rodrigues, do Movimento dos Sem Terra (MST).

Segundo ele, embora já esteja desgastada, a estratégia de não reconhecer o eventual governo do vice é importante. "Não podemos correr o risco de ter setores que reconheçam o Temer ou dialoguem com o governo dele", disse o líder do MST.

Um dos temores é que os interesses eleitorais prevaleçam em relação à estratégia nacional. No PT, por exemplo, a tendência é não proibir alianças com partidos que apoiaram o impeachment nas eleições municipais de outubro.

"Existem dois PTs. Um é o da vida real, dos militantes que foram às ruas combater o

golpe. Outro é o PT institucional, eleitoral, que não participou das lutas por causa de eleições."

Lula

Aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizem que ele também está em busca de uma bandeira propositiva capaz de servir com o vetor de uma oposição a Temer.

Embora tanto Lula como os movimentos digam que ainda acreditam em uma pouco provável virada a favor de Dilma no julgamento do mérito, alguns grupos defendem que a proposta das novas eleições seja recolocada na mesa já assim que a presidente deixar o Palácio do Planalto.

"Por enquanto o foco são as mobilizações até o dia 12. Depois vem a segunda etapa, na qual vamos debater uma estratégia institucional. Até lá é 'Fora Temer'", disse Raimundo Bonfim, coordenador da Frente Brasil Popular.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Prestes a retomar o papel de oposição depois de 13 anos à frente do governo federal, o PT e os movimentos sociais e sindicais ligados ao partido escolheram o "Fora Temer" como slogan caso o Senado aprove nesta quarta-feira, 11, a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A decisão de desgastar o possível governo do vice-presidente, Michel Temer , porém, é considerada insuficiente, mais do mesmo, para manter as mobilizações e a disputa política.

O PT, movimentos aliados, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda estão em busca de uma bandeira propositiva, capaz de manter a unidade construída ao longo da resistência ao impeachment e, principalmente, impulsionar uma provável candidatura de Lula à Presidência em 2018.

Até a semana passada esta bandeira poderia ser a defesa de um plebiscito pela reforma política e a realização de novas eleições.

Dilma chegou a escalar ministros para sondar o PT e os movimentos. A resposta foi que não havia unidade e, se Dilma decidisse levar a proposta à frente, seria por sua própria conta.

"Esperamos que o governo Temer se inviabilize por ele mesmo. Enquanto isso, nestes três ou quatro meses até o julgamento do mérito pelo Senado, vamos decidir o que fazer", disse João Paulo Rodrigues, do Movimento dos Sem Terra (MST).

Segundo ele, embora já esteja desgastada, a estratégia de não reconhecer o eventual governo do vice é importante. "Não podemos correr o risco de ter setores que reconheçam o Temer ou dialoguem com o governo dele", disse o líder do MST.

Um dos temores é que os interesses eleitorais prevaleçam em relação à estratégia nacional. No PT, por exemplo, a tendência é não proibir alianças com partidos que apoiaram o impeachment nas eleições municipais de outubro.

"Existem dois PTs. Um é o da vida real, dos militantes que foram às ruas combater o

golpe. Outro é o PT institucional, eleitoral, que não participou das lutas por causa de eleições."

Lula

Aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizem que ele também está em busca de uma bandeira propositiva capaz de servir com o vetor de uma oposição a Temer.

Embora tanto Lula como os movimentos digam que ainda acreditam em uma pouco provável virada a favor de Dilma no julgamento do mérito, alguns grupos defendem que a proposta das novas eleições seja recolocada na mesa já assim que a presidente deixar o Palácio do Planalto.

"Por enquanto o foco são as mobilizações até o dia 12. Depois vem a segunda etapa, na qual vamos debater uma estratégia institucional. Até lá é 'Fora Temer'", disse Raimundo Bonfim, coordenador da Frente Brasil Popular.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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