Ricardo Tripoli (PSDB) (Facebook/ Página oficial Ricardo Tripoli/Reprodução)
Talita Abrantes
Publicado em 2 de agosto de 2017 às 17h04.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 17h26.
São Paulo - Ainda na base aliada de Michel Temer, o PSDB liberou seus deputados a votar da maneira como quiserem na sessão que avalia a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente.
Mas o líder dos tucanos na Câmara, Ricardo Ricardo Tripoli (PSDB-SP), disse na tribuna há pouco que orienta a bancada a votar pela admissibilidade da denúncia e, portanto, contra o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel, também do PSDB.
"Esse plenário não emite sentença. É preciso lembrar que o presidente não negou o encontro ocorrido e o que veio a publico é sim no mínimo impróprio. Portanto, há requisitos para a admissibilidade da denúncia", afirmou o líder da bancada do PSDB na Câmara.
A orientação de Tripoli evidencia o racha que a crise no governo Temer trouxe para o partido. Nos últimos dois meses, em ao menos duas ocasiões, os tucanos ensaiaram um desembarque do governo, mas não se chegou a nenhum consenso sobre o caso.
“Fora da agenda de reformas, a bancada do PSDB já deu inúmeras demonstrações de independência. Que tudo seja investigado e esclarecido, respeitando-se o direito de defesa”, disse Tripoli na tribuna.
O PSDB tem 47 deputados na Câmara. Na segunda, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou em entrevista que "é perfeitamente possível governar sem o PSDB". A conferir.