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PSDB diz que governo quer ressuscitar "alquimia fiscal"

Tucanos fizeram uma referência indireta à gestão do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega


	Para os tucanos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sofreu mais uma derrota na luta interna
 (Marcello Casal Jr./ABr)

Para os tucanos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sofreu mais uma derrota na luta interna (Marcello Casal Jr./ABr)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2015 às 17h41.

Brasília - Um dia após a equipe econômica anunciar que pretende mudar, no Congresso, a meta fiscal, os tucanos afirmaram que o governo Dilma Rousseff ressuscitou a "alquimia fiscal" que vigorou nos últimos anos - uma referência indireta à gestão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Em artigo do Instituto Teotônio Vilela (ITV), braço de formulação política do partido, a legenda dize que durou pouco a "fantasia" de que a petista passaria a ser mais cuidadosa na gestão do dinheiro público.

"Não foram necessários nem sete meses para que as metas fiscais deste e dos próximos anos fossem abandonadas pelo caminho. A sensação deixada pelas mudanças anunciadas ontem é de um governo que não tem a mais pálida ideia do que está fazendo, de um governo que não honra compromissos", criticou o ITV.

Segundo o texto, a gestão de Dilma quer aval também para fechar as contas no vermelho caso as novas medidas para aumento de arrecadação não surtam efeito.

Numa ironia, o PSDB afirmou que, ainda assim, a presidente quer que "as contas de quem cuida de orçamento público com tal zelo sejam aprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União)".

O PSDB citou ainda o fato de que, com a mudança proposta, o governo poderá fazer um déficit de R$ 17,7 bilhões em vez de um superávit de R$ 8,7 bilhões.

"Na realidade, hoje a meta de verdade é o rombo. Se qualquer dona de casa fizer conta assim, não põe comida na mesa dos filhos", criticou.

Para os tucanos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sofreu mais uma derrota na luta interna. Segundo o partido, a anterior ocorreu em maio, quando os cortes orçamentários vieram abaixo do que ele pretendia.

O artigo disse que o "sopro de renovação" que Levy poderia representar se dissipou e o que prepondera na equipe econômica é a "nova matriz" que, destacou, "afundou o Brasil no atoleiro" da recessão, da inflação alta e da ineficiência.

"As decisões anunciadas ontem permitem prever que o arrocho não passará tão cedo e a recessão será ainda mais prolongada. A penúria não será de curto prazo e a recuperação da economia é apenas miragem distante no horizonte dos brasileiros. É como se o segundo governo da presidente se apagasse um pouco mais, e bem antes da hora", concluiu.

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