PSDB acusa CPI de perseguição e diz confiar em Perillo
Os líderes do PSDB atacaram o PT, o comando da CPI e a Polícia Federal pelo que consideraram direcionamento político nas investigações
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 19h58.
Brasília - Diante da possibilidade de reconvocação do governador de Goiás, Marconi Perillo ( PSDB ), para prestar depoimento à CPI do Cachoeira, a cúpula tucana tentou demonstrar unidade nesta terça-feira ao defendê-lo das acusações que o ligam a Carlinhos Cachoeira.
Os líderes do PSDB atacaram o PT, o comando da CPI e a Polícia Federal pelo que consideraram direcionamento político nas investigações.
O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que o PT está preocupado com o resultado do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) e seus efeitos na eleição municipal e busca usar a CPI para atacar o governador tucano.
"Querem chamar pessoas ligadas ao PSDB na CPI em agosto para tirar o foco do mensalão", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), membro da CPI do Cachoeira e que participou da entrevista coletiva dada pela cúpula tucana nesta terça.
O mensalão foi um escândalo deflagrado durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que parlamentares receberiam dinheiro em troca de apoio político ao governo. O julgamento dos acusados de participarem desse esquema está marcado para o início de agosto no Supremo Tribunal Federal (STF).
"O PSDB não tem dúvidas sobre o governador Marconi Perillo", disse Guerra. "O governador Marconi não está isolado dentro do PSDB", acrescentou rebatendo insinuações de que há tucanos pedindo o afastamento temporário do governador do partido.
"O que existe aí é uma operação geral contra nós", reclamou Guerra.
Reportagem da revista Época no último fim de semana traria indícios de que Perillo teria recebido dinheiro da construtora Delta, que teria Cachoeira como sócio oculto e seria usada para lavar dinheiro obtido com jogos ilegais, em troca de benefícios do governo goiano à empresa.
Em nota, o governador negou as acusações. Perillo já prestou esclarecimento à CPI, principalmente sobre uma casa vendida por ele e que teria sido paga com recursos de uma empresa fantasma de Carlinhos Cachoeira, preso desde o início do ano acusado de comandar uma rede de jogos ilegais.
A ira do PSDB também foi direcionada para o vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que disse ver provas suficientes para que a comissão peça o indiciamento de Perillo.
O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), disse que Teixeira estava "usurpando" prerrogativas do relator da CPI mista, deputado Odair Cunha (PT-MG), ao fazer essa afirmação.
Indiferente às críticas, Teixeira respondeu aos ataques dos tucanos e reafirmou que Perillo deve ser indiciado.
"O relator fará seu relatório. Diante dos relatórios da Polícia Federal que vieram no final de semana podemos expressar opiniões. A minha opinião é de que o governador deve ser indiciado", disse Teixeira a jornalistas após a coletiva do PSDB.
Cunha evitou expressar opinião sobre o possível indiciamento do governador. Segundo ele, essa decisão só será tomada quando o relatório final da CPI for elaborado.
O relator, porém, disse que o PSDB estava reagindo como "um mecanismo de defesa e de intimidação" contra a CPI e contra ele.
Ele disse também que pode reconvocar o governador para prestar novos esclarecimentos, "mas não agora".
Brasília - Diante da possibilidade de reconvocação do governador de Goiás, Marconi Perillo ( PSDB ), para prestar depoimento à CPI do Cachoeira, a cúpula tucana tentou demonstrar unidade nesta terça-feira ao defendê-lo das acusações que o ligam a Carlinhos Cachoeira.
Os líderes do PSDB atacaram o PT, o comando da CPI e a Polícia Federal pelo que consideraram direcionamento político nas investigações.
O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que o PT está preocupado com o resultado do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) e seus efeitos na eleição municipal e busca usar a CPI para atacar o governador tucano.
"Querem chamar pessoas ligadas ao PSDB na CPI em agosto para tirar o foco do mensalão", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), membro da CPI do Cachoeira e que participou da entrevista coletiva dada pela cúpula tucana nesta terça.
O mensalão foi um escândalo deflagrado durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que parlamentares receberiam dinheiro em troca de apoio político ao governo. O julgamento dos acusados de participarem desse esquema está marcado para o início de agosto no Supremo Tribunal Federal (STF).
"O PSDB não tem dúvidas sobre o governador Marconi Perillo", disse Guerra. "O governador Marconi não está isolado dentro do PSDB", acrescentou rebatendo insinuações de que há tucanos pedindo o afastamento temporário do governador do partido.
"O que existe aí é uma operação geral contra nós", reclamou Guerra.
Reportagem da revista Época no último fim de semana traria indícios de que Perillo teria recebido dinheiro da construtora Delta, que teria Cachoeira como sócio oculto e seria usada para lavar dinheiro obtido com jogos ilegais, em troca de benefícios do governo goiano à empresa.
Em nota, o governador negou as acusações. Perillo já prestou esclarecimento à CPI, principalmente sobre uma casa vendida por ele e que teria sido paga com recursos de uma empresa fantasma de Carlinhos Cachoeira, preso desde o início do ano acusado de comandar uma rede de jogos ilegais.
A ira do PSDB também foi direcionada para o vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que disse ver provas suficientes para que a comissão peça o indiciamento de Perillo.
O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), disse que Teixeira estava "usurpando" prerrogativas do relator da CPI mista, deputado Odair Cunha (PT-MG), ao fazer essa afirmação.
Indiferente às críticas, Teixeira respondeu aos ataques dos tucanos e reafirmou que Perillo deve ser indiciado.
"O relator fará seu relatório. Diante dos relatórios da Polícia Federal que vieram no final de semana podemos expressar opiniões. A minha opinião é de que o governador deve ser indiciado", disse Teixeira a jornalistas após a coletiva do PSDB.
Cunha evitou expressar opinião sobre o possível indiciamento do governador. Segundo ele, essa decisão só será tomada quando o relatório final da CPI for elaborado.
O relator, porém, disse que o PSDB estava reagindo como "um mecanismo de defesa e de intimidação" contra a CPI e contra ele.
Ele disse também que pode reconvocar o governador para prestar novos esclarecimentos, "mas não agora".