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PSB se irrita e Marta Suplicy perde prioridade para eleição

Aparentemente, o PSB perdeu a paciência com a senadora Marta Suplicy (sem partido – SP). Entenda os motivos

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, participa da cerimônia de premiação de iniciativas de preservação do patrimônio cultural brasileiro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Talita Abrantes

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 11h04.

São Paulo – Aparentemente, o PSB perdeu a paciência com a senadora Marta Suplicy (sem partido – SP). Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Márcio França, vice-governador do estado de São Paulo e presidente estadual da sigla, afirmou que a ex-petista perdeu a prioridade para disputar as eleições para a prefeitura de São Paulo pelo partido no ano que vem.

Marta negocia há cerca de quatro meses a entrada no partido. A expectativa era de que a cerimônia de filiação da senadora ao PSB ocorresse no próximo sábado; mas o evento foi cancelado, sem previsão para novo agendamento, segundo o veículo. Procurados, representantes do partido ainda não confirmaram a informação.

Ao jornal, França disse que, se quiser concorrer pelo PSB, Marta terá que disputar as prévias internas do partido.

Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) há mais de três décadas, Marta Suplicy deixou a sigla em maio após uma série de críticas ao governo Dilma. Além do PSB, a ex-petista também estaria discutindo uma possível filiação com o PMDB .

São Paulo - Os últimos 33 anos da hoje senadora Marta Suplicy foram ao lado do Partido dos Trabalhadores ( PT ). Na sigla, ela se elegeu deputada federal, prefeita de São Paulo e senadora, além de empossada ministra do Turismo e da Cultura nos governos Lula e Dilma, respectivamente.  Mas, na manhã desta terça-feira, ela deu adeus ao partido que ajudou a fundar e levar ao poder. As justificativas para a decisão ocuparam quatro páginas de um documento que foi entregue aos diretórios municipal, estadual e nacional do PT.  A saída foi ruidosa. Nos últimos cinco meses, a senadora fez questão de mostrar em público que não estava contente com a posição que ganhou (ou perdeu) no partido. Desde 2004, quando não conseguiu se reeleger para a prefeitura de São Paulo, Marta foi sistematicamente preterida pelo PT para outros cargos no Executivo. A exceção foi em 2008, quando ela perdeu a disputa pela prefeitura paulistana para Gilberto Kassab, então do PSD. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada em janeiro, Marta admitiu que a presidência da República era um de seus objetivos e que quando Lula expôs que uma mulher iria sucedê-lo no cargo, ela imaginou que estaria entre as cotadas.

Dois anos depois da eleição que levou Dilma ao Planalto, a já senadora tentou disputar a prefeitura de São Paulo. O partido, no entanto, preferiu Haddad.

A posse no Ministério da Cultura no mesmo ano veio com uma espécie de prêmio de consolação – no entanto, a vitória de Haddad nas urnas paulistanas enterrou as chances de Marta tentar voltar à prefeitura de São Paulo em 2016 como candidata do PT.

No ano passado, veio a gota d´água. Marta se empenhou na campanha para a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para as eleições presidenciais. Na prática, ela não foi a única dentro da sigla a endossar a ideia. O problema é que, naquele momento, ela fazia parte da equipe ministerial de Dilma e o apoio ao “Volta, Lula” não caiu bem.

O movimento encabeçado pela senadora acabou não surtindo efeito e Dilma entrou na disputa pela reeleição. Marta, por sua vez, não se empenhou pela vitória da presidente – ao contrário da maior parte dos ministros. Com a apertada vitória de Dilma nas urnas, sua presença no governo se tornou insustentável.  Cortejada por diversas siglas desde que começou a sinalizar uma insatisfação com o PT, Marta deve migrar para o PSB. A expectativa é que ela seja candidata à prefeitura de São Paulo em 2016 – quando Fernando Haddad, seu agora antigo colega de partido, deve tentar a reeleição. Em nota, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que a atitude de Marta é motivada por ambição política e que a senadora estaria reagindo com falta de ética, de maneira oportunista, ao fato de "não ter sido indicada candidata à Prefeitura de São Paulo em 2012".
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