Câmara dos Deputados: os nomes foram escolhidos por meio de votação da bancada (Wilson Dias/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 16h52.
Brasília - O PSB confirmou na tarde desta segunda-feira, 7, o líder do partido na Câmara, Fernando Bezerra Filho (PE), e os deputados Danilo Forte (CE) e Tadeu Alencar (PE) como membros da comissão especial que dará parecer sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa.
Segundo o líder, a "tendência majoritária" da bancada na Câmara atualmente é votar a favor do impedimento da petista.
Os nomes foram escolhidos por meio de votação da bancada. O quarto integrante do partido na comissão será escolhido entre Luiza Erundina (SP), Bebeto (BA) e João Fernando Coutinho (PE), que ficaram empatados em quarto lugar.
Os parlamentares do PSB votam neste momento para decidir quem será o escolhido.
A ideia é que os dois que sobrarem fiquem na suplência, ao lado dos outros dois suplentes já escolhidos: José Stédile (RS) e Paulo Fuletto (ES).
Voto unitário
O líder da bancada ressaltou que o voto dos quatro integrantes na comissão especial será "unitário". "Está todo mundo muito consciente disso. Fizemos questão de ressaltar que as posições pessoais não devem se sobrepor a decisão do partido", destacou.
Apesar de afirmar que hoje a ala pró-governo na bancada é minoritária, ele ponderou que a decisão final só será tomada em reunião da Comissão Executiva Nacional, na próxima quarta-feira, 9.
Diante da decisão da bancada de votar unitariamente, há uma preocupação caso Erundina ou Bebeto sejam eleitos.
A deputada é uma das fundadoras do PT, partido pelo qual chegou a se eleger prefeita de São Paulo, e já se declarou contra o impeachment em entrevistas recentes.
Já Bebeto é ligado ao PT da Bahia e ao ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.
Um dos escolhidos para a comissão especial, o deputado Danilo Forte afirmou que, "pessoalmente", pelos fatos que já foram divulgados e sem olhar a defesa de Dilma, deve votar "a favor do desejo de mudança", ou seja, pelo impeachment de Dilma.
Para ele, a discussão sobre a legalidade ou não do processo é uma etapa "vencida". "É legal, é constitucional, sim", disse o deputado, que já foi filiado ao PMDB.
Recesso
Durante a reunião nesta segunda-feira, a bancada do PSB não fechou questão sobre a suspensão do recesso parlamentar de fim de ano.
Fernando Filho justificou que a bancada está hoje "dividida" sobre apoiar ou não que os parlamentares venham a trabalhar em dezembro e janeiro e, por isso, decidiu adiar a discussão sobre o assunto.