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PSB abre processo contra deputados que votaram a favor da Previdência

Um total de 11 parlamentares da legenda foram favoráveis à PEC previdenciária, contrariando orientação do diretório nacional do partido para votar não

Átila-Lira: deputado votou a favor da Previdência contrariando decisão do partido (Cleia Viana/Agência Câmara)

Átila-Lira: deputado votou a favor da Previdência contrariando decisão do partido (Cleia Viana/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de julho de 2019 às 16h35.

O Conselho de Ética do PSB abriu nesta segunda-feira, 15, processo contra 11 deputados que votaram a favor da reforma da Previdência, contrariando orientação do diretório nacional do partido. Os deputados terão dez dias para apresentar defesa.

O processo será levado posteriormente à direção da legenda, que poderá punir os divergentes com advertência, suspensão e até expulsão, com base em recomendações do conselho de ética.

"Fizemos uma reunião para avaliar a pertinência da representação. A votação divergente da orientação do partido dá fundamento para recebê-la, instruir o processo e depois repassá-lo ao Diretório Nacional para a decisão final", disse o presidente do conselho de ética da sigla, Alexandre Navarro.

Representantes de segmentos sociais do PSB pediram na semana passada censura pública, cancelamento de filiação, expulsão dos deputados, além da devolução dos recursos públicos destinados pelo partido à campanha deles.

O PSB foi o partido de esquerda com mais votos a favor da reforma - 11 em 32 votos. O PDT, com 8 votos sim, também ameaça punir os deputados que foram contra orientação da bancada. Eles já são sondados por partidos de centro.

Os alvos de processo no PSB são: Átila Lira (PI), Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Luiz Flávio Gomes (SP), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES).

A abertura de processo não é inédita. Em 2017, a direção do PSB puniu parlamentares que votaram para barrar as investigações contra o então presidente Michel Temer (MDB), também em desrespeito à decisão do partido.

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