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Protestos pedirão renúncia de Temer e diretas neste domingo

Atos devem se espalhar por, ao menos, 20 cidades brasileiras. Em São Paulo, será às 15 horas, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp)

Protesto contra Michel Temer  (Ueslei Marcelino/Reuters)

Protesto contra Michel Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2017 às 10h48.

Última atualização em 21 de maio de 2017 às 10h50.

São Paulo - A Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo saem às ruas do País neste domingo para pedir "Fora, Temer" e "diretas já". Os atos devem se espalhar por, ao menos, 20 cidades brasileiras. Em São Paulo, será às 15 horas, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Estão previstos protestos fora do Brasil, em cidades como Nova York e Bogotá.

A manifestação foi marcada no contexto da crise política que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigar o presidente Michel Temer por suspeita de crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.

Grupos que atuaram pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, como Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, também chegaram a marcar protestos para o mesmo dia e horário, mas recuaram alegando preocupações com a segurança.

"Estamos esperando uma grande mobilização no País. O governo, que já era ilegítimo, perdeu sua sustentação política e deve cair. Vamos deixar claro que não admitimos outra solução que não seja as eleições diretas", disse Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que integra a frente.

Em algumas cidades, as manifestações de hoje estão marcadas para começar de manhã.

Em Belo Horizonte, o ato está previsto para as 9 horas; já em Porto Alegre e Goiânia, o protesto começa uma hora mais tarde. Em São Paulo, a manifestação no vão Livre do Masp deve ter início às 15 horas. A organização decidiu que não haverá caminhada em direção ao centro ou qualquer outra região da cidade. O ato irá permanecer concentrado no museu e arredores.

"A ideia é mostrar que o povo exige diretas já. Um Congresso como o que temos hoje não pode escolher o próximo presidente. A saída da crise está na realização das eleições ainda este ano, o mais rápido possível", disse o presidente da CUT em São Paulo, Douglas Izzo. "Vamos marcar posição contra as reformas", acrescenta.

Além da CUT e dos movimentos sociais (como MTST, MST e outros), a manifestação conta com adesão da Força Sindical. A central, que já esteve muito ligada ao governo, quer marcar sua posição contra a reforma trabalhista e por uma "saída democrática" para a crise política.

Pelo Twitter, João Carlos, o Juruna, secretário-geral da Força, escreveu: "A Força Sindical decidiu participar das manifestações de domingo e fortalecer o 'nenhum direito a menos' e garantir uma saída democrática".

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